Organizações não governamentais (ONGs) denunciaram o descaso em relação a episódios de trabalhadores contaminados por urânio no município baiano de Caetité durante a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Representantes dos grupos criticaram a falta de transparência das atividades relacionadas à energia nuclear no Brasil. “Temos dificuldade de ter acesso à realidade do que acontece naquele complexo mínero-industrial. O setor nuclear é muito fechado, e eles não têm diálogo com a sociedade. Pelo contrário, procuram minimizar qualquer problema“, destacou Zoraide Vilas Boas, representante da Articulação Antinuclear Brasileira e da Coalizão contra Usinas Nucleares no Brasil. Segundo ela, o poder público já foi acionado diversas vezes desde 2000, quando foi iniciada a mineração de urânio em Caetité. “Há 12 anos estamos levantando denúncias de trabalhadores, ex-trabalhadores e seus familiares, colhendo relatos de diversos acidentes não confirmados pela INB [Indústrias Nucleares do Brasil, que detém o monopólio da exploração de urânio], mas esse esforço tem sido quase inútil”, denunciou. Ligada ao governo federal, a INB nega todas as acusações. Informações da Agência Brasil. BN
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