"Nem porco come isso aqui. Se comer, morre", gritava Uaratã pataxó, mostrando uma marmita de péssima aparência (arroz, feijão preto, macarrão e um pedaço de gordura) que, segundo ele, estava estragada e sendo servida aos índios que participam da Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20, no Aterro do Flamengo.
"Quem dá isso aqui não tem amor à vida. O índio é vida", dizia o pataxó, do alto de um palco. A seu lado, um colega de outra tribo filmava tudo com um smartphone. Na plateia, cerca de uma centena de pessoas, atraídas pelo discurso. Os índios se revezavam ao microfone, afirmando ter passado mal por causa da comida estraga e reclamando por não terem tido atendimento médico.
"Esse é o Brasil sem fome: comemos comida estragada", disse uma índia.
Os próprios representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), responsável pelos índios presentes na Cúpula dos Povos (e por sua alimentação), reconheceram que cerca de 400 quentinhas estavam estragadas.
"Já estamos resolvendo a situação da comida. Não conhecemos as empresas aqui no Rio. A que contratamos não tinha condições de atender a demanda. Já mudamos de fornecedor, hoje à noite já vai ser servido por outra empresa", disse Kretã, um índio kaingang, membro da Apib.
Segundo ele, além da falta de estrutura da empresa contratada para servir a comida (que ele não soube nomear), o excesso de índios também prejudicou a organização.
"Houve um acordo entre as organizações indígenas, cada uma traria um certo número de participantes. Seriam 1.100 indígenas, que ficariam no Sambódromo, mas chegaram 1.700. Não tínhamos estrutura", disse Kretã.
Por fim, o representante da Apib disse que nesse tipo de evento os índios costumam montar um restaurante local, com cozinha coletiva, mas que a Prefeitura do Rio não permitiu tal estrutura no Aterro (cujos jardins são tombados pelo Iphan).
"Amanhã (18) bem cedo vamos à prefeitura para pedir a liberação da cozinha comunitária, para fazermos um restaurante aqui. Não tem como servir direito 1.700 quentinhas por refeição." DO BOL
"Quem dá isso aqui não tem amor à vida. O índio é vida", dizia o pataxó, do alto de um palco. A seu lado, um colega de outra tribo filmava tudo com um smartphone. Na plateia, cerca de uma centena de pessoas, atraídas pelo discurso. Os índios se revezavam ao microfone, afirmando ter passado mal por causa da comida estraga e reclamando por não terem tido atendimento médico.
"Esse é o Brasil sem fome: comemos comida estragada", disse uma índia.
Os próprios representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), responsável pelos índios presentes na Cúpula dos Povos (e por sua alimentação), reconheceram que cerca de 400 quentinhas estavam estragadas.
"Já estamos resolvendo a situação da comida. Não conhecemos as empresas aqui no Rio. A que contratamos não tinha condições de atender a demanda. Já mudamos de fornecedor, hoje à noite já vai ser servido por outra empresa", disse Kretã, um índio kaingang, membro da Apib.
Segundo ele, além da falta de estrutura da empresa contratada para servir a comida (que ele não soube nomear), o excesso de índios também prejudicou a organização.
"Houve um acordo entre as organizações indígenas, cada uma traria um certo número de participantes. Seriam 1.100 indígenas, que ficariam no Sambódromo, mas chegaram 1.700. Não tínhamos estrutura", disse Kretã.
Por fim, o representante da Apib disse que nesse tipo de evento os índios costumam montar um restaurante local, com cozinha coletiva, mas que a Prefeitura do Rio não permitiu tal estrutura no Aterro (cujos jardins são tombados pelo Iphan).
"Amanhã (18) bem cedo vamos à prefeitura para pedir a liberação da cozinha comunitária, para fazermos um restaurante aqui. Não tem como servir direito 1.700 quentinhas por refeição." DO BOL
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