Em uma entrevista coletiva para comentar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do 1º trimestre, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os bancos públicos vão continuar cortando os juros dos empréstimos. Desta forma, esses bancos pressionam os demais a tomarem as mesmas medidas.
Para o ministro. o principal estímulo para que a economia do país continue crescendo é o corte dos juros e a diminuição do spread bancário.
Spread é o ganho que os bancos têm com os juros. Quando eles emprestam dinheiro para seus clientes, como no cheque especial, cobram juros muito maiores do que os juros que pagam aos clientes que investem em fundos, por exemplo. Essa diferença de juros é que é chamada de spread.
Mantega disse ainda que o crescimento econômico do 2º trimestre será superior ao desempenho dos três primeiros meses deste ano. A economia brasileira cresceu 0,2% no primeiro trimestre na comparação com o 4º trimestre de 2011, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Corte dos juros
O BB foi o primeiro banco a anunciar queda nas taxas de juros, em 4 de abril. Após essa medida, vários bancos também cortaram as taxas.
A presidente Dilma Rousseff elevou o tom na guerra do governo para que bancos privados reduzam os juros cobrados aos consumidores. Em pronunciamento na TV, Dilma pressionou as instituições a seguir o movimento de cortes anunciado pelos concorrentes públicos e disse ser inadmissível que o Brasil continue com uma das taxas mais altas do mundo.
Além de usar os bancos estatais como arma para forçar a redução das taxas, o governo tem tido a colaboração do Banco Central, que tem cortado sistematicamente a taxa básica de juros brasileira (Selic), hoje em 8,5%.
Dilma e outros integrantes do governo vêm demonstrando publicamente desagrado com as taxas de juros e o spread bancário.
(Com informações da Reuters)
Nenhum comentário:
Postar um comentário