Única refinaria privada de petróleo do país, Manguinhos, no Rio de Janeiro, quer se tornar uma estatal.
Seu controlador, o Grupo Andrade Magno, mantém negociação com a Petrobras.
Consultadas, as empresas não quiseram comentar.
A Folha apurou que o bilionário Eike Batista também teria feito uma proposta recente, mas Ricardo Andrade Magno não aceitou.
EBX e OGX, empresas de Eike Batista, negaram ter feito propostas.
As conversas com a Petrobras avançam, mas os controladores da refinaria querem "valorizar a companhia" antes de vendê-la. Querem passá-la à Petrobras por algo entre R$ 2,50 e R$ 3 por ação, uma transação que exigiria no mínimo, R$ 2 bilhões. Hoje, os papéis de Manguinhos são negociados na Bovespa a cerca de R$ 1,26.
Para os analistas, esse prêmio pode ser considerado elevado, mas, em três anos, ele tende a diminuir devido ao plano de investimento da companhia em curso.
Hoje, grande parte da receita (90%) de Manguinhos provém do refino. A meta é reduzir essa participação para menos da metade e investir em armazenagem e tratamento de petróleo.
Ou seja: transformar Manguinhos em uma empresa de logística, que sirva de apoio às companhias que estiverem explorando petróleo no pré-sal do Rio de Janeiro.
Em março, a refinaria informou ter encontrado uma "possibilidade de aumentar sua capacidade de tancagem [estoque]". Passaria do atual 1,7 milhão de barris para 6,5 milhões em até três anos.
A Folha apurou que essa "possibilidade" é a compra de um navio-tanque que ficaria em alto-mar.
Com esse plano, Manguinhos teria o segundo maior parque de tratamento de petróleo do país e o segundo maior parque de armazenagem (tancagem).
Resultado: uma perspectiva de aumento anual de receita de, no mínimo, US$ 500 milhões e alta considerável das ações no período.
ANTECEDENTES
A refinaria foi inaugurada em 1954 com capacidade de produção de 10 mil barris por dia. Na ocasião, atendia 90% do consumo diário da cidade do Rio de Janeiro.
Sua capacidade subiu para 15 mil barris por dia e, em 1998, a argentina YPF passou a dividir o controle da companhia com o Grupo Peixoto de Castro.
Endividada, Manguinhos entrou em um programa de recuperação judicial em 2008. Naquele ano, a refinaria foi vendida para o Grupo Andrade Magno, que também adquiriu as subsidiárias Manguinhos Química e Manguinhos Distribuidora.
Associados a investidores estrangeiros, os novos controladores renegociaram as dívidas com os credores e deram início à rodada de investimentos.
Em julho de 2011, a companhia suspendeu a recuperação judicial.
Agora, o plano de investimento chegou ao limite e os controladores preparam a companhia para a venda.
Seu controlador, o Grupo Andrade Magno, mantém negociação com a Petrobras.
Consultadas, as empresas não quiseram comentar.
A Folha apurou que o bilionário Eike Batista também teria feito uma proposta recente, mas Ricardo Andrade Magno não aceitou.
EBX e OGX, empresas de Eike Batista, negaram ter feito propostas.
As conversas com a Petrobras avançam, mas os controladores da refinaria querem "valorizar a companhia" antes de vendê-la. Querem passá-la à Petrobras por algo entre R$ 2,50 e R$ 3 por ação, uma transação que exigiria no mínimo, R$ 2 bilhões. Hoje, os papéis de Manguinhos são negociados na Bovespa a cerca de R$ 1,26.
Para os analistas, esse prêmio pode ser considerado elevado, mas, em três anos, ele tende a diminuir devido ao plano de investimento da companhia em curso.
Hoje, grande parte da receita (90%) de Manguinhos provém do refino. A meta é reduzir essa participação para menos da metade e investir em armazenagem e tratamento de petróleo.
Ou seja: transformar Manguinhos em uma empresa de logística, que sirva de apoio às companhias que estiverem explorando petróleo no pré-sal do Rio de Janeiro.
Em março, a refinaria informou ter encontrado uma "possibilidade de aumentar sua capacidade de tancagem [estoque]". Passaria do atual 1,7 milhão de barris para 6,5 milhões em até três anos.
A Folha apurou que essa "possibilidade" é a compra de um navio-tanque que ficaria em alto-mar.
Com esse plano, Manguinhos teria o segundo maior parque de tratamento de petróleo do país e o segundo maior parque de armazenagem (tancagem).
Resultado: uma perspectiva de aumento anual de receita de, no mínimo, US$ 500 milhões e alta considerável das ações no período.
ANTECEDENTES
A refinaria foi inaugurada em 1954 com capacidade de produção de 10 mil barris por dia. Na ocasião, atendia 90% do consumo diário da cidade do Rio de Janeiro.
Sua capacidade subiu para 15 mil barris por dia e, em 1998, a argentina YPF passou a dividir o controle da companhia com o Grupo Peixoto de Castro.
Endividada, Manguinhos entrou em um programa de recuperação judicial em 2008. Naquele ano, a refinaria foi vendida para o Grupo Andrade Magno, que também adquiriu as subsidiárias Manguinhos Química e Manguinhos Distribuidora.
Associados a investidores estrangeiros, os novos controladores renegociaram as dívidas com os credores e deram início à rodada de investimentos.
Em julho de 2011, a companhia suspendeu a recuperação judicial.
Agora, o plano de investimento chegou ao limite e os controladores preparam a companhia para a venda.
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