O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski considerou provas legais as escutas telefônicas feitas pela PF (Polícia Federal), com autorização da Justiça, de conversas entre o empresário goiano Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Nesta sexta-feira (13/4), o ministro negou a liminar pedida pela defesa do parlamentar, que pretendia desconsiderar as gravações como provas válidas contra o senador, detentor de foro privilegiado.
Demóstenes Torres é acusado de tráfico de influência para favorecer o empresário. A relação entre o parlamentar e Carlinhos Cachoeira começou a ser divulgada pela imprensa depois que a Operação Monte Carlo, da PF, levou Cachoeira e mais 34 pessoas para a cadeia, no final de fevereiro.
O vazamento para a imprensa das conversas telefônicas colhidas pela PF mostrou que, além de conhecer a atuação de Cachoeira com o jogo ilegal, Demóstenes também participava do esquema do contraventor. O senador foi flagrado em conversas nas quais combina interferir em assuntos ligados ao lobby pela legalização do jogo no Brasil em troca de favores de Cachoeira.
O ministro Ricardo Lewandowski, que é relator do processo, também pediu informações sobre o caso aos juizes da 11ª Vara da Justiça Federal em Goiás, e da Vara Única da Subseção Judiciária de Anápolis, que autorizaram as escutas telefônicas. O ministro determinou ainda que os autos do processo sejam encaminhados à Procuradoria-Geral da República.
Na semana passada, o STF autorizou a abertura de inquérito para investigar a participação de Demóstenes Torres no esquema de Carlinhos Cachoeira. Lewandowski determinou a quebra do sigilo bancário do senador e pediu levantamento das emendas parlamentares apresentadas pelo político goiano. De Agencia Brasil
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