O novo líder do governo, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), disse nesta quinta-feira que o governo não vai retomar as negociações com o PR enquanto a bancada no Senado mantiver a postura de oposição. Braga disse ter sido "surpeendido" pelo anúncio, feito na noite de quarta-feira, de que os sete senadores do PR passariam a fazer oposição ao governo no Senado. O líder do partido na Casa, senador Blairo Maggi (MT), relatou que “se cansou” das infrutíferas negociações para indicação de um ministro no governo.
"Não dá para conversar nesses termos. Estamos nos esforçando, mas com o clima posto pelos senadores (do PR), eu não tenho mais autoridade para continuar com essas tratativas", disse o líder.
Eduardo Braga acrescentou que conversou com Blairo Maggi na quarta-feira pela manhã e acabou sendo surpreendido pela postura da bancada anunciada no fim do dia.
"Nós não entendemos a posição do PR no dia de ontem até porque havia um fato novo. Um novo líder assumiu as negociações e as tratativas estão reiniciando com uma nova interlocução com o governo. O líder do PR tinha conhecimento disso. No fim da tarde, fomos surpreendidos com essa posição. É necessário neste momento que o PR faça uma reavaliação para que possamos retomar qualquer tipo de diálogo", disse.Da Agência O Globo
Eduardo Braga acrescentou que conversou com Blairo Maggi na quarta-feira pela manhã e acabou sendo surpreendido pela postura da bancada anunciada no fim do dia.
"Nós não entendemos a posição do PR no dia de ontem até porque havia um fato novo. Um novo líder assumiu as negociações e as tratativas estão reiniciando com uma nova interlocução com o governo. O líder do PR tinha conhecimento disso. No fim da tarde, fomos surpreendidos com essa posição. É necessário neste momento que o PR faça uma reavaliação para que possamos retomar qualquer tipo de diálogo", disse.Da Agência O Globo
O PR perdeu o Ministério dos Transportes depois que o senador Alfredo Nascimento caiu, diante de denúncias de irregularidades na pasta. Em seu lugar, assumiu o então secretário executivo da pasta, Paulo Sérgio Passos. Embora seja filiado ao PR, os parlamentares do partido dizem que Passos não é uma indicação das bancadas. Maggi lembrou que o PR conversou por nove meses com o governo, depois de perder o ministério, sem qualquer retorno. O rompimento já foi informado à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Apesar de afirmar que o PR precisa fazer uma reavaliação para que o diálogo possa ser retomado, o novo líder do governo no Senado disse ainda que procurará Blairo Maggi para uma conversa. Segundo ele, o líder do PR "não deixou portas fechadas" para uma retomada das negociações sobre um eventual espaço do partido na Esplanada dos Ministérios. Essa é a maior reclamação da bancada rebelada.
Braga ainda comentou nesta quinta-feira a retirada da pauta da Comissão de Serviços de Infraestrutura da mensagem presidencial de recondução de Mário Rodrigues Junior ao cargo de diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O líder do governo na Casa afirmou que o adiamento da análise foi feito a pedido do próprio governo para reavaliação.
"Foi pedida a retirada por orientação do governo porque o governo está reavaliando a ANTT", afirmou.
O novo líder do governo disse ainda que pretende promover uma convergência de interesses políticos para assegurar a maioria de votos na Casa e garantir a aprovação de projetos de interesse da presidente Dilma Rousseff.
Tido por adversários como uma pessoa autoritária, o novo líder do governo deixou claro que sempre foi "firme e duro" em suas conversas. Entretanto, destacou que sabe ser humilde e pedir desculpas: "Tenho consciência das minhas limitações, mas também sei dizer não."
Sobre as relações entre o PMDB e o PT, os dois maiores partidos aliados do governo no Congresso, o parlamentar reconheceu que jamais haverá total alinhamento de posições. Ele comparou as relações partidárias com o relacionamento de marido e mulher, quando nem sempre ambos comungam do mesmo pensamento. Entre os peemedebistas, Braga disse que existe um movimento de pacificação interna em andamento:
"O PMDB tem grande responsabilidade no governo e na governabilidade. Somos governo, temos o cargo de vice-presidente ocupado por Michel Temer."
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