Um homossexual foi espancado e enterrado vivo perto de Altamira, no Pará, mas foi resgatado ainda com vida e está hospitalizado.
A polícia acredita que o caso foi um roubo com tentativa de homicídio. Já o movimento gay da região diz que o crime tem a ver com a homofobia, pois um dos agressoers tinha um relacionamento com a vítima, o professor Anízio Uchôa, 50 anos.
O professor foi rendido e amordaçado em casa na madrugada de sexta-feira (10), com alguns dos seus bens sendo roubados. Ele foi levado então pelos agressores para uma estrada vicinal fora da cidade, onde foi espancado e enterrado em uma vala.
Segundo a investigação da polícia, o crime foi cometido por Jefferson Mello, 21 anos, que tinha um caso com o professor, e por Thaisson de Souza, 23. Os dois foram presos no mesmo dia e confessaram o crime - mas no depoimento, cada um atribuiu a reponsabilidade pela ideia e organização do assalto ao outro.
Depois de jogar Uchôa na vala, os dois o cobriram com terra e folhas. O professor, no entanto, conseguiu escapar porque a vala não era muito funda. Ele foi internado com ferimentos na cabeça e fraturas no braço.
"Eles praticaram o crime movidos por um preconceito de que, por ser homossexual, ele [Uchôa] era mais frágil. Não foi apenas um roubo, mas sim um crime que teve origem no fato de a vítima ser homossexual", disse o presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT da Transamazônica e Xingu, Humberto Lexter. A associação fará um protesto por conta do crime em Altamira na quinta. Do Correio da Bahia-As informações são da Folha Online
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