Com base nas informações de repórteres que estiveram em vários hospitais da cidade de Kano, na Nigéria, o jornal local “Leadership” estima que 215 pessoas foram mortas nos oito ataques de sexta-feira realizados pelo grupo extremista islâmico Boko Haram. O jornal ressalta que o número de mortos pode aumentar, já que ainda existem muitos feridos em estado grave.
Mais cedo, um médico do principal hospital de Kano, no norte da Nigéria, contabilizou 178 mortos, mas disse acreditar que o número de vítimas é maior. Não existem números oficiais sobre a quantidade de mortos.
"Nós temos 178 pessoas mortas nos dois principais hospitais", afirmou um médico do hospital Murtala Mohammed, somando também os números do hospital de Nasarawa. Podem existir ainda mais mortos, porque alguns cadáveres ainda não chegaram e outros foram recolhidos rapidamente.
Neste domingo, o governo do estado de Kano reduziu o toque de recolher para o período da noite, entre 19h e 6h. A medida, de acordo com as autoridades, visa tentar trazer um pouco de normalidade de volta à região, apesar do patrulhamento de soldados do Exército nas ruas.
Um porta-voz do Boko Haram contatou repórteres na cidade de Maiduguri, no sábado, para assumir a responsabilidade pelos ataques, o episódio mais mortal da existência do grupo islâmico extremista. Cópias de uma carta, que dizia que os ataques eram uma retribuição a prisões feitas pela polícia e pela morte de membros da seita, foram jogadas em Kano. O grupo fundamentalista - cujo nome significa “A educação islâmica não é pecado” - luta para instituir o ensino da sharia, a lei islâmica, no norte do país.
Igrejas são atacadas em cidade próxima à Kano
Testemunhas relatam que explosões aconteceram neste domingo em duas igrejas da cidade de Bauchi, também no norte do país, de acordo com o jornal espanhol “El Mundo”. Nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques até o momento.
"Um dos templos fica na linha ferroviária e só teve a porta de entrada destruída, mas o de Fadama foi destruído por completo e o telhado desabou", conta Garbi Ali, morador da região. Da Agência O Globo
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