União reduziu os gastos com publicidade quando comparados os anos de 2010 e 2011. Foram R$ 456,5 milhões no ano passado somadas as despesas de Publicidade Institucional e Publicidade de Utilidade Pública. Diminuição de R$ 192 milhões, ou 29,7%, em relação aos R$ 649,1 milhões utilizados em 2010. É bom recordar que 2010 foi ano de eleições e que a queda de gastos com publicidade também foi observada entre 2006 e 2007.
Orçamentariamente os gastos com publicidade são divididos em campanhas de utilidade pública, com objetivo de informar, orientar, prevenir e alertar a população sobre temas específicos, e publicidades institucionais, que se dedicam a divulgar informações sobre atos, obras, programas, metas e resultados de governo. (veja tabela de gastos em 2011)
A diminuição dos custos da publicidade institucional, a cargo exclusivo da Presidência da República, foi de 28,1% (R$ 177,4 milhões em 2010 contra R$ 127,5 milhões em 2011). Já na publicidade de utilidade pública a relação foi levemente maior, 30,3%. Foram R$ 329 milhões gastos em 2011 ante os R$ 471,7 milhões de 2010. (veja tabela de gastos em 2010)
Dentro dessa rubrica, o Ministério da Saúde é a Pasta que mais gasta. O órgão, que já tinha a primeira colocação em 2010, utilizou R$ 117,1 milhões em 2011, 35,6% do total de publicidade de utilidade pública. No ano retrasado foram R$ 144 milhões, 30,5% do usado naquele ano. A diminuição de R$ 16,9 milhões foi de 18,7% entre os dois anos.
O campeão de economia foi o Ministério das Cidades. A Pasta do ministro Mario Negromonte (PP-BA) necessitou de R$ 46,8 milhões em 2011, quantia bem menor do que os R$ 129,3 milhões de 2010. A economia de R$ 82,5 milhões equivale a 57,8% do que foi poupado na publicidade de utilidade pública.
Na contramão do movimento observado na esplanada está a pasta de Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O Ministério do Esporte passou de R$ 6,7 milhões em 2010 para R$ 22,9 milhões em 2011. Aumento de 241,8%.
Quando o gasto é analisado mês a mês, o último mês de 2011 é o campeão. Aproximadamente R$ 71,3 milhões, somados a publicidade institucional e a publicidade de utilidade pública, foram utilizados apenas em dezembro. Já em 2010 a situação é diferente. O mês de outubro vence quando se olha apenas para a publicidade de utilidade pública. Já maio fica em primeiro quando o foco é a publicidade institucional.
O valor atingido em 2011 foi o menor desde 2008. Se o primeiro mandato da presidente Dilma Roussef seguir o mesmo ciclo do que o segundo mandato de Lula, em 2012 deverá ocorrer nova queda nos gastos. Já em 2013 e 2014 ocorreriam novos recordes de empenhos publicitários. De Contas Abertas
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