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sexta-feira, 14 de março de 2025

Levantamento aponta servidores públicos federais foragidos com mandados de prisão em aberto

Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil
Pelo menos oito servidores públicos federais são procurados pela Justiça há meses sem que tenham sido presos. A informação consta em um levantamento realizado pelo G1, baseado na análise de 149 mil mandados de prisão disponíveis para consulta. Especialistas apontam que a presença de foragidos no serviço público evidencia falhas na gestão de informações no país.

O estudo considerou quase metade dos 326 mil mandados de prisão existentes no Brasil. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pelos dados, informou que não pôde fornecer detalhes sobre os 180 mil mandados restantes.

Entre os servidores com ordens de prisão em aberto, estão:
Um vigilante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), condenado por estupro de vulnerável e procurado desde novembro para cumprir pena de 12 anos de reclusão;

Um assistente administrativo do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), procurado desde novembro para cumprir sete meses de prisão em regime semiaberto por embriaguez ao volante;

Um agente ambiental do Parque Nacional do Cabo Orange, no Amapá, com mandado desde maio para cumprir um mês de prisão em regime semiaberto por ameaçar a ex-companheira;

Um auxiliar operacional da Secretaria de Gestão Estratégica do Governo de Roraima, alvo de um mandado de prisão preventiva desde setembro por suspeita de estupro de vulnerável. Ele ainda não foi julgado;

Outros quatro servidores — um professor substituto, um médico, um agente especial e um analista — possuem mandados de prisão por não pagamento de pensão alimentícia. Esse tipo de prisão, de caráter civil e não criminal, pode ser revogado assim que a dívida for quitada.

Apesar dos mandados de prisão em aberto, a investigação ou condenação por um crime, não resulta automaticamente na perda do cargo público.

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