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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Itabuna inicia mobilização para o combate à dengue

Ao considerar a dengue um sério problema de saúde e que atinge a todos sem distinção, o secretário de Saúde de Itabuna, Antônio Vieira, defendeu uma parceria entre o governo e a sociedade civil organizada para evitar o risco de uma epidemia da doença em 2011.
A defesa do secretário foi feita nesta quarta-feira (1º), durante o lançamento do Programa de Mobilização Social para a Prevenção e o Controle da Dengue que está sendo deflagrado simultaneamente em Itabuna, cidade que tem um índice de infestação predial de 9,1%, e outros nove municípios baianos considerados de alto risco.
Ele conta que Itabuna com uma população de mais de 200 mil habitantes, foi dividida em 127 áreas, que estão sendo visitadas por 274 Agentes de Combate às Endemias executando uma rotina de visita a 93.175 imóveis cadastrados, onde estão mais de 80% dos focos do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue.   
Para Antônio Vieira o combate à dengue é um trabalho de rotina e envolve inclusive 11 equipes que atuam nas escolas promovendo a difusão de informações educativas de prevenção, mobilizando alunos como formadores de opinião nas comunidades em que vivem.
“Ano passado, nós tivemos um índice de infestação predial de 22%, que agora em 2010 foi reduzido para 9,1%, mas precisamos baixar ainda mais esses indicadores. Para isso, temos mais de 100 lideres comunitários cadastrados e que vão participar do esforço de mobilização social”, argumenta Vieira. O secretário acrescenta que o combate à dengue passa pela sensibilização e conscientização da população.
A apresentação do programa de mobilização foi feita por Elizabeth França, da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), que integra o Grupo de Trabalho (GT) Ampliado de Combate à Dengue. Ela destacou que a Bahia tem 92 municípios considerados de alto risco para uma epidemia da doença. Os dez municípios com maior infestação predial foram selecionados para o Programa de Mobilização Social, através de uma parceria com a Fundação Luis Eduardo Magalhães e prefeituras municipais.
Ela também fez um histórico da dengue na Bahia e do modelo de transmissão da doença que tem como vetor o mosquito Aedes aegypti. Elizabeth xxplicou ainda como funciona o  Levantamento de Índice Rápido (LIRAa), que tem como referência de controle eficiente em 1% e acende o alerta vermelho para uma infestação predial superior a 3,9%, que sinaliza o risco de uma epidemia.
Elizabeth França alertou ainda para os riscos da doença em crianças até um ano de idade ou de 10 até 14 anos, que apresentam uma maior letalidade e são as pessoas mais afetadas pela doença. Ela anunciou a elaboração do mapa de risco na Bahia, onde prevalecem os tipos sorológicos 1, 2 e 3.  “O grande problema é que a maior parte dos criadouros está nos domicílios, daí a necessidade de uma participação efetiva da população na prevenção e no combate à dengue”, argumentou.

CRÉDITOS: Texto: Kleber Torres - Fotos: Pedro Augusto

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