A menina Ana Lívia, de 3 anos, passou por um transplante de coração em tempo recorde em Rio Preto.
- Foto DivulgaçãoHCM
Nova chance de vida! Após ficar apenas algumas horas na fila de espera de transplante, um novo coração começou a bater no peito de Ana Lívia Prado, uma menina de apenas 3 anos.
Por Karen Belém / SNB
A pequena foi diagnosticada com miocardiopatia dilatada, o que fazia o coração crescer descontroladamente, por isso ela foi colocada como prioridade. A doação veio de outra criança de 3 anos, Meg Raissa, vítima de complicações da hidrocefalia.
Edilane, mãe de Meg, conta que, apesar da perda, se conforta na esperança que a filha deu a outra família. “Vem aquela dor e vem a alegria ao mesmo tempo. Eu sei que ela está dando vida para outra criança, para mãe, para família, é isso que eu penso, aí está me confortando”.
Mobilização de muitas pessoas
O transplante envolveu uma corrente de amor que se estendeu por centenas de quilômetros.
A equipe do Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto viajou até Mato Grosso e voltou com o coração para São Paulo.
Tudo isso em tempo recorde. Isso porque, se o transplante não fosse feito rapidamente a partir do momento da captação, o coração poderia ser perdido.
“Temos quatro horas para transportar, fazer cirurgia e fornecer sangue para o coração começar a bater novamente”, destacou o coordenador do Centro do Coração da Criança do HCM, Ulisses Crotti.
Doadora
Em meio ao próprio luto, Ediliane decidiu dar um novo propósito ao coração de Meg.
Veio a pergunta do hospital: “Você vai querer doar o coraçãozinho dela, doar os orguinhos dela? Eu nem pensei, eu falei ‘sim’. Foi de repente, falei: ‘sim, eu quero'”, contou a mãe.
“Era uma menina muito divertida, alegre, todo mundo amava ela”, disse ao lembrar da filha.
Agora, o coração de Meg ganhou vida novamente no peito de Ana Lívia.
Gratidão
A equipe do hospital fez uma força-tarefa para que o transplante chegasse a tempo até Ana Lívia. – Foto: Divulgação/HCM Com a cirurgia bem-sucedida, Ana Lívia está na Unidade de Terapia Intensiva, estável e extubada, um passo importante rumo à recuperação.
A mãe, Talissa Patrícia, agradeceu à equipe do hospital que ajudou na operação e à família da doadora.
“Que ela receba minha gratidão como conforto. Não tenho nem noção do que se passou com ela. Creio que foi Deus que a iluminou e permitiu a doação desse coração abençoado. E que ela se sinta feliz, porque esse coraçãozinho tão importante para ela bate no peitinho da minha filha”.
Meg Raissa, que morreu de morte encefálica, foi a doadora de Ana Lívia. – Foto: arquivo pessoal / Com informações do
G1 e
JN.