Apenas nesta quinta, quatro escolas de Salvador tiveram tumulto movitado por ameaças e suspeitas de ameaças
Foto: Mateus Pereira/ GOVBA
Desde março deste ano, quando uma professora
morreu após ser esfaqueada por um aluno em uma escola estadual de São Paulo, as ondas de ataques e tentativas de massacre em escolas de todo o Brasil têm se intensificado e causando efeito manada, sobretudo após o mais recente ataque, que
matou 4 crianças em Santa Catarina.
O efeito manada tem chegado também à capital baiana, onde, apenas na manhã desta quinta-feira (13), ao menos quatro escolas tiveram situaçõee de pânico envolvendo adolescente armados e suspeitas de massacre – que foram negadas posteriormente negadas pela Secretaria Estadual de Educação (Sec).
O terror que tem causado pânico entre pais e alunos de escolas públicas e privadas é explicado pela psicopedagoga e neuropsicopedagoga Rosana Mascarenhas como uma “demanda de modismo”. Em entrevista ao bahia.ba, ela explicou motivos que podem desencandear essas ações em escolas de diversas regiões do país.
“Na escola, nós trabalhamos com a dificuldade da aprendizagem do aluno, logo trabalhamoos também com o que vai aprimorar o comportamento e as questões sociais que vai interferir na sua aprendizagem. Hoje há uma preocupação muito grande com o modismo nas escolas entre as crianças e adolescentes, ou seja, elas tendem a copiar o que os outros fazem. Porém, é cultura do ser humano aprender imitando comportamentos e seguir modelos sociais. Além disso, a política de incentivo ao uso da arma aumentou significamente a violência”, explicou.
Segundo ela, coibir açoes em que os próprios alunos são os responsáveis pelos crimes nas unidades escolar não é tarefa simples e precisa de diversos atores da sociedade atuando juntos, a começar pela própria família da criança ou adolescente.
“Cabe aos pais, à escola, ao sistema, procurar o que que está acontecendo. O responsáveis diretos são os primeiros agentes: verificar comportamentos, o celular, as redes sociais dos filhos. Afinal, observamos que as crianças e adolescentes em fase de crescimento de aprendizagem eles começam a sentir necessidade estar inserido em grupos. Muitas vezes ele precisa fazer o que não quer ou que vai chamar atenção para serem aceitos. Então, dependendo da personalidade do indivíduo, ele facilmente irá copiar o que os outros fazem e irá elevar o modismo. Por isso, o primeiro agente é família, que precisa estar atentos a comportgamentos. Em seguida, claro, a fiscalização das escolas e ações do Estado”, disse.
Ações
Ao bahia.ba, Rosana explica ainda que ações em diversas esferas são necessárias, desde as mais “práticas”, como instalação de detectores de metais para evitar a entrada de armas, como também acomppanhamento psicológico proporcionado pelas unidades escolares. Porque, segundo ela, detectores podem inibir a entrada de armas, mas não vai dar o suporte necessário para que o indivduo não se deixe levar pelo efeito manada.