Rodrigo Baggio da Recode - Foto: divulgação
Ter acesso à tecnologia desde cedo, abriu grandes portas profissionais para o brasileiro Rodrigo Baggio, mas a oportunidade de conhecer o
trabalho voluntário ainda jovem, transformou a história dele e de milhares de outras pessoas aqui e em 9 países.
“O
Recode significa tudo para mim, escola, caminhada, uma forma de expressar a espiritualidade no dia a dia, unindo trabalho, vida e a necessidade de transformar o mundo em um lugar melhor. Mas, como nada disso se faz sozinho, o Recode significa também família, comunidade, uma legião de pessoas no Brasil e em 15 países trabalhando para fazer um mundo melhor graças à tecnologia”, disse Rodrigo.
Só Notícia Boa
“Quando ele nos contou que tudo isso nasceu de, literalmente, um sonho, nós entendemos o tamanho do amor e dedicação que ele depositou no projeto e aí todo o sucesso fez sentido. Um trabalho que rompeu barreiras geográficas, mas também as do preconceito e da desigualdade social”, contam Iara e Eduardo, os
Caçadores de Bons Exemplos.
Como
Ainda muito pequeno, Rodrigo entendeu que tecnologia era sua paixão e, por investir nisso, com 23 anos já tinha seu próprio negócio com grandes clientes.
O sucesso profissional fez com que ele refletisse e entendesse que o poder transformador que ele tinha em mãos era gigantesco e aí começou a investir também no social.
“Materializamos uma forma de pensar a tecnologia como ferramenta de libertação, que pode ser usada para ajudar a transformar seres humanos em seres éticos, ativos e amorosos. Usamos o método dos cinco passos, baseado nos ensinamentos do pedagogo Paulo Freire e em sua técnica de alfabetização de adultos simplificada: ao trabalhar com o universo de cada indivíduo, esse indivíduo se torna agente da própria transformação. É nisso que acreditamos”, afirmou Rodrigo.
O sonho
O sonho era ver jovens de baixa renda usando da tecnologia para conhecer melhor a realidade deles, para identificar desafios, problemas e usá-la para transformar suas vidas e transformar problemas em soluções.
O movimento começou com uma BBS, uma forma de se comunicar pela internet, chamada Jovem Link, para ser uma ponte digital promotora de integração social.
Depois disso, veio a campanha Informática para Todos, primeira campanha de reciclagem tecnológica na América Latina, dezenas de voluntários coletando doações, computadores, fazendo a reciclagem, levando para organizações comunitárias em favelas.
“Em julho de 1994, percebi que esses computadores estavam sendo bem utilizados, mas não em todo o potencial, porque não existia uma cultura do uso da tecnologia nessas comunidades. Foi quando veio a ideia de montar uma escola de informática e cidadania e, em março de 1995, inauguramos a primeira na comunidade Santa Marta, em Botafogo, na época uma das mais violentas do Rio de Janeiro”, contou.
O crescimento
Logo, as pessoas começaram a querer implantar essas escolas em outras comunidades do Rio de Janeiro, e assim nasceu o CDI, Comitê para a Democratização da Informática, como a primeira organização social focada em usar a tecnologia para transformar vidas e desenvolver a comunidade. Veja mais sobre o projeto no
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