O Canadá tornou-se, nesta quarta-feira (17), o segundo país a legalizar a maconha para fins recreativos, uma reforma histórica, esperada em todo o país. Os consumidores não perderam tempo e já enfrentavam, por volta da meia-noite local (23h de Brasília), frio e filas para comprar legalmente o produto.
Uma delas era Ian Power, que chegou quatro horas antes da abertura simbólica das portas da loja, em Saint-Jean-de-Terre-Neuve, no leste do Canadá, para "entrar na história". "O meu sonho era tornar-me a primeira pessoa a comprar o primeiro grama legal de cannabis", disse aos jornalistas.
Três anos depois da sua eleição, o governo liberal de Justin Trudeau está cumprindo um de seus compromissos de campanha mais simbólicos: tornar o Canadá o segundo país do mundo a permitir a maconha para fins recreativos, depois do Uruguai, em 2013.
O governo decidiu, ainda, que cada província regulamentasse o comércio da cannabis. De Montreal a Vancouver, passando por Toronto e Winnipeg, cada região decidiu reter a sua própria receita, para organizar um mercado que já foi avaliado em cerca de quatro bilhões de euros anuais.
A oposição conservadora no Parlamento de Ottawa endureceu os ataques, nos últimos dias, a esta medida que, também segundo muitos especialistas, foi precipitada e ignorou uma série de perigos à saúde pública e à segurança.
"Faz pelo menos dois anos que trabalhamos com os diferentes governos", disse Justin Trudeau nesta terça-feira (16), reiterando que a legalização deverá restringir o acesso a drogas leves a menores e "tirar dinheiro dos bolsos das organizações criminosas". Noticias ao Minuto