por Fernanda Nunes e Antonio Pita | Estadão Conteúdo*Foto: Divulgação
Em seu plano de venda de ativos para fazer caixa, a Petrobras considera vender navios transportadores de petróleo e combustíveis da Transpetro. Essa possibilidade chegou a ser apresentada ao presidente da Transpetro, Claudio Campos, mas ainda não foi definida. O modelo prevê que a estatal continue utilizando as embarcações em contrato de aluguel - algo semelhante ao formato adotado pela Vale, sob o comando de Murilo Ferreira, também presidente do conselho de administração da Petrobras. A análise dos ativos inclui cerca de 23 embarcações, com valor estimado em US$ 270 milhões. Qualquer decisão de desinvestimento envolvendo a Transpetro sairá da controladora, segundo o presidente da subsidiária. A avaliação é que o corte poderia atingir até mesmo o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), responsável pela retomada do setor naval. A ideia é que não há justificativa para vender embarcações e construir outras ao mesmo tempo. O plano inclui a cobrança de um prêmio sobre o preço pago à Petrobras como forma de garantir ao comprador um contrato de afretamento das embarcações. Em vez de proprietária dos navios, a estatal se tornaria contratante do serviço de transporte. O modelo foi adotado pela Vale em abril, na venda de quatro navios para a Cosco por US$ 445 milhões e contrato de afretamento por 25 anos. Um estudo preliminar estimava que a venda de embarcações da Transpetro poderia gerar até US$ 270 milhões.