Imagine uma prisão sem algemas, policiais ou agentes penitenciários e onde os próprios detentos fazem a segurança, cuidam das chaves dos portões dos pavilhões e dos externos e são incentivados a telefonar para familiares com frequência. Em contrapartida a essa “liberdade”, eles têm de seguir uma religião cristã, trabalharem e terem bom comportamento. Chamado de Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), esse modelo de gestão existe no Brasil e, segundo o Conselho Nacional de Justiça, tem índices de reincidência criminal que variam de 8% a 10%. No sistema convencional, estima-se que 70% dos condenados libertados voltem a cometer crimes. Filiadas à Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), que as coordena e as fiscaliza, as Apacs têm capacidade para abrigar 3 mil presos, número que chega a 0,5% do total de presidiários no Brasil – que tem 574 mil detentos.
Os cidadãos que residem nas proximidades do DPT (Departamento de Polícia Técnica) de Santo Antônio de Jesus, que fica localizado na Avenida ACM, atrás da 4ª Coorpin, entraram em contato com o site Voz da Bahia para reclamarem do fedor que está tomando o local. Segundo eles, provavelmente, há algum cadáver fora da geladeira ou no aparelho quebrado, que está causando uma fedentina, que invade as casas. “Nós não conseguimos dormir direito à noite porque o fedor é tão forte, que incomoda muito, não aguentamos mais viver com isso”, disse, acrescentando que os responsáveis pelo IML não resolvem o problema. “Será que vamos ter que sair de nossas casas por causa de uma coisa que não é culpa nossa? Até quando vão deixar isso assim?”, questionaram. Os moradores disseram que até para fazer suas refeições é complicado, pois o odor é tão forte ao ponto de fica impregnado nas casas e arder os olhos. Reportagem Voz da Bahia