Para quem não tem influência política suficiente para ser recebido em audiência particular, no Palácio do Planalto, uma fotomontagem de R$ 30 garante a qualquer prefeito uma saudação pessoal da presidente Dilma Rousseff para levar ao seu curral. O responsável pelo truque é um fotógrafo identificado apenas como Tássio, na entrada do Centro de Convenções de Brasília, sede do encontro nacional com novos prefeitos e prefeitas, organizado pela Secretaria de Relações Institucionais. Tássio se oferece para tirar um retrato dos interessados e entregar no dia seguinte, após tratamento em programa de computador, uma montagem em que o fotografado surge ao lado de Dilma, numa aparente audiência no gabinete presidencial. "Estou esperando fazer umas 100 fotos em todo o encontro", diz Tássio, que se apresenta como fotógrafo free-lancer e garante não estar a serviço do governo nem de associações de prefeitos. Para ele, que já fez esse trabalho em encontros de prefeitos no passado recente, a popularidade de Dilma não é tão grande quanto a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Com o Lula, fazia fila. Podia dar 300 fotos em um encontro", assegura. Agora, segundo ele, secretários e assessores tiram tantas fotos quanto os próprios prefeitos. "Como cada um vai usar (a montagem), é problema dele." Em 15 minutos nos quais a reportagem do Valor PRO acompanhou o trabalho de Tássio, dois prefeitos procuraram o fotógrafo e pagaram pelo serviço: Silvio Girardi, de Rio Azul (PR), e Gutemberg Rocha, de São Tomé (RN). O prefeito de Antônio João (MS), Selso Rodrigues, passou do lado e perguntou à mulher: "Quer tirar uma?". Ela não quis. Então, foi ele mesmo. Questionado se pretende usar a fotomontagem publicamente, retrucou: "É só pra mim". "Todo mundo usa", disse a primeira-dama municipal, ao mesmo tempo. Quando a reportagem insistiu na pergunta, ele pegou a mão da mulher e deixou o Centro de Convenções. Do UOL Noticias
O dia é nacional, mas deveria ser mundial. Hoje tão comuns e indispensáveis em jornais e revistas, as histórias em quadrinhos, como as conhecemos hoje tem seu início em um passado longínquo. O ano era 1869. O dia, 30 de janeiro. O periódico do Rio de Janeiro, chamado Vida Fluminense publicou, neste dia, a primeira história em quadrinhos do mundo: As aventuras do Nhô Quim ou Impressões de uma viagem à Corte, escrita e desenhada por Ângelo Agostini. O personagem desta primeira HQ era um caipira, que, hoje, é um dos símbolos da cidade de Piracicaba.
Conhecido como o pai brasileiro das HQs, Agostini é muito importante para a história do quadrinho nacional, hoje em dia tão desgastada. Ele, por exemplo, é um dos fundadores da mais importante revista de HQ do Brasil na primeira metade do século passado, O Tico-Tico. Ângelo também é peça fundamental para a evolução da caricatura como instrumento político na imprensa nacional.
Em um mundo cultural e economicamente globalizado, o nacionalismo exacerbado muitas vezes é visto com maus olhos. Porém, por conta disto, não podemos compactuar com injustiças. Portanto, se alguma vez você ouvir falar que o primeiro quadrinho do mundo foi a série estadunidense chamada “Yellow Kid” (O Garoto Amarelo), duvide. Nem sempre a voz mais alta é a que tem razão. Afinal, os americanos até hoje juram de pés juntos, e gritam aos quatro cantos do mundo, que os irmãos Wright inventaram o avião. Mas nós sabemos que a aviação tem apenas um pai, e é brasileiro… Fonte: Novo Hamburgo Org
DIA DA SAUDADE - 30 DE JANEIRO