Anunciado como nova força política, o PSD tem encontrado dificuldades para mostrar a que veio. Os números robustos na Câmara, onde tem 55 deputados, ainda não resultaram em influência nas decisões importantes.
A atuação discreta pode ser explicada porque todos estão concentrados na montagem da estrutura do partido, fundado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab, e na procura por cargos e espaço.
Kassab tem menor aprovação de seu segundo mandato, aponta Datafolha
Mais de dois meses após a criação, a legenda trabalha com um assessor emprestado pela liderança da minoria da Casa e sem espaço físico.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), promete apresentar nesta semana um projeto de resolução prevendo a criação de cerca de 60 cargos temporários para a legenda --pouco mais da metade dos 106 reivindicados.
As futuras instalações também devem ser modestas. Enquanto as lideranças ocupam várias salas, o PSD deve ficar só com um gabinete. Espaço menor do que o PSC, com uma bancada de 16 deputados, ocupa hoje.
RELATORIA
Com congressistas oriundos de DEM, PMDB e PR, o crescimento da legenda esbarra ainda na má vontade de deputados da base aliada.
Foram eles que articularam a destituição das presidências de comissões da Câmara de dois deputados que migraram para o PSD.
No plenário, nenhum parlamentar do partido conseguiu assumir até agora a relatoria de projetos nem de medidas provisórias.
Na lista de prioridades, nada que faça parte de grandes discussões nacionais. O principal objetivo para 2012 é a aprovação de projeto que determina que notas fiscais discriminem o valor dos impostos pagos, bandeira do PSDB.
O PSD tem sido fiel ao Planalto. Na discussão da emenda que permite ao governo usar livremente 20% de suas receitas, prioridade do Executivo, o partido chegou a ensaiar uma rebelião que não durou nem dez minutos.
No Senado, as votações também mostram sintonia com a base de Dilma Rousseff --com exceção da votação do Código Florestal, na qual Kátia Abreu (TO) falou mais pelos ruralistas que pelo PSD.
Principal nome do partido no Senado, ela sugeriu uma reforma constituinte, mas a ideia ainda não decolou.
Para os cargos, conseguiu R$ 16 mil, que devem ser usados na contratação de três assessores. Números que não preocupam o partido. "Não há prejuízo. Participamos das comissões, estamos atuantes", disse Kátia Abreu.
Um dos motivos apontados por parlamentares para a "figuração" do PSD é a sua formação eclética. "Eles não têm quadro relevante. Têm número, e isso a presidente Dilma já tem de sobra no Congresso", afirmou o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA).
A alternativa discutida pelo PSD para sair do papel de coadjuvante no Congresso é selar uma aliança com o PSB. Fonte: Folha.com/MARIA CLARA CABRAL MÁRCIO FALCÃO DE BRASÍLIA
A atuação discreta pode ser explicada porque todos estão concentrados na montagem da estrutura do partido, fundado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab, e na procura por cargos e espaço.
Kassab tem menor aprovação de seu segundo mandato, aponta Datafolha
Mais de dois meses após a criação, a legenda trabalha com um assessor emprestado pela liderança da minoria da Casa e sem espaço físico.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), promete apresentar nesta semana um projeto de resolução prevendo a criação de cerca de 60 cargos temporários para a legenda --pouco mais da metade dos 106 reivindicados.
As futuras instalações também devem ser modestas. Enquanto as lideranças ocupam várias salas, o PSD deve ficar só com um gabinete. Espaço menor do que o PSC, com uma bancada de 16 deputados, ocupa hoje.
RELATORIA
Com congressistas oriundos de DEM, PMDB e PR, o crescimento da legenda esbarra ainda na má vontade de deputados da base aliada.
Foram eles que articularam a destituição das presidências de comissões da Câmara de dois deputados que migraram para o PSD.
No plenário, nenhum parlamentar do partido conseguiu assumir até agora a relatoria de projetos nem de medidas provisórias.
Na lista de prioridades, nada que faça parte de grandes discussões nacionais. O principal objetivo para 2012 é a aprovação de projeto que determina que notas fiscais discriminem o valor dos impostos pagos, bandeira do PSDB.
O PSD tem sido fiel ao Planalto. Na discussão da emenda que permite ao governo usar livremente 20% de suas receitas, prioridade do Executivo, o partido chegou a ensaiar uma rebelião que não durou nem dez minutos.
No Senado, as votações também mostram sintonia com a base de Dilma Rousseff --com exceção da votação do Código Florestal, na qual Kátia Abreu (TO) falou mais pelos ruralistas que pelo PSD.
Principal nome do partido no Senado, ela sugeriu uma reforma constituinte, mas a ideia ainda não decolou.
Para os cargos, conseguiu R$ 16 mil, que devem ser usados na contratação de três assessores. Números que não preocupam o partido. "Não há prejuízo. Participamos das comissões, estamos atuantes", disse Kátia Abreu.
Um dos motivos apontados por parlamentares para a "figuração" do PSD é a sua formação eclética. "Eles não têm quadro relevante. Têm número, e isso a presidente Dilma já tem de sobra no Congresso", afirmou o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA).
A alternativa discutida pelo PSD para sair do papel de coadjuvante no Congresso é selar uma aliança com o PSB. Fonte: Folha.com/MARIA CLARA CABRAL MÁRCIO FALCÃO DE BRASÍLIA