A cachaça mineira João Andante, criação de quatro amigos que estavam no último ano do ensino médio, incomodou a Diageo, gigante inglesa dona do uísque Johnnie Walker. Agora a insatisfação ganhou contornos reais e a multinacional tenta tirar a suposta concorrente do mercado, sob acusação de plágio (João Andante é uma tradução de Johnnie Walker). A cachaça, que nasceu em 2003, vende cerca de 200 garrafas por mês. Mesmo sem oferecer perigo aparente, a Diageo resolveu entrar na briga pelo seu nome.
O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual concedeu registro à João Andante em fevereiro deste ano, mas a companhia inglesa solicitou ao órgão que anule a decisão. A Diageo argumenta que a marca mineira tem sido associada à sua criação como “um primo do interior de Johnnie Walker, que imigrou para o Brasil durante a I Guerra”, e que resolveu fabricar cachaça ao invés de uísque. “As ações adotadas contra os fabricantes da bebida 'João Andante' têm, por enquanto, apenas cunho administrativo e extrajudicial por conta da semelhança entre os sinais em discussão", diz a multinacional.
Como era de se esperar, o caso só conseguiu, por enquanto, fazer propaganda gratuita para a cachaça. A partir de 2012, por exemplo, os donos da João Andante, que nem a tem como negócio principal, mudaram a encomenda de 200 garrafas mensais para 4 mil. Se a propaganda espontânea der mesmo resultado, espera-se que os mineiros vendam 550 garrafas por mês. Cada uma custando R$ 40, seria gerada uma receita potencial de quase R$ 2 milhões: muito mais que os R$ 96 mil deste ano. por James Martins//http://www.bahianoticias.com.br/
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