Caprichos de Rui Costa também são prejudiciais
Jaques Wagner e Rui Costa: do lado esquerdo, o Fujão e à direita, o vaidoso Correria
Um bate-cabeça que vai ficar registrado na história do petismo e da política baiana. Para começar, o senador Jaques Wagner (PT) é o principal responsável pelo pedestal onde o atual governador Rui Costa (PT) está, tanto pelo poder alcançado como pela situação no partido.
Wagner, mais conhecido pelos íntimos como Galego, era o maior líder do PT no estado até Rui entrar em cena. Costa foi eleito com o apoio e o empurrão do senador, mas conseguiu a reeleição com folga e, para não sair desmoralizado por não ir à eleição em outubro, resolveu mostrar as garras e deu a senha: “Quero concorrer ao Senado!”. Mesmo mentindo que iria até o fim da gestão como governador, resistiu até que Wagner não aguentasse e, daí, veio o recuo. Estratégia certeira!
Já dizia Maquiavel: “Dê o poder ao homem e descobrirá quem ele realmente é”. Papo reto: Wagner ajudou a construir o poder de Rui e, agora, levou a bolada nas costas. Ou será que fugiu da pressão? De certo, a imposição veio por meio de uma brecada, mas parece ter sido providencial já que os mais ligados ao senador dizem que ele não queria concorrer ao Governo.
O petista Rui Costa, que não é bobo, quer garantir uma imunidade ao ser eleito em outubro. O seguro morreu de velho e a história de que ele pode ser ministro de Lula conta, ainda, com o SE. E SE Lula não levar? Ora, uma vez estando no Senado, a posição significa uma sobrevida de mais 8 anos na vida pública, asas e fôlego para alçar novos voos. Quem sabe, ser candidato a prefeito de Salvador já que a candidatura da Major Denice Santiago foi pífia e ele pode querer uma revanche com o grupo carlista.
O cenário atual pressupõe que Wagner está fragilizado e vai carregar o peso de quem acabou com a história do PT na Bahia. No auge do turbilhão (pré-campanha), o fato dele pedir para sair significa colocar o partido na berlinda, além, é claro, de todo o grupo. A militância do PT, dificilmente, vai aderir à campanha e o ex-presidente Lula (PT) não vai marchar com o mesmo empenho pela eleição do senador Otto Alencar (PSD). Continue lendo em hpauta.blog.br/balaodapolitica