A inflação, que está registrando um crescimento recorde no governo Dilma e é considerada a maior taxa inflacionária dos últimos 15 anos, está no topo da preocupação de todos os brasileiros. Dragão inflacionário sempre está vivo e matando a economia brasileira.
Mas quais são as causas da inflação crônica no Brasil? Que efeitos a causam?
Perguntas que todos querem saber.
Pois bem. A concentração de terras e os latifúndios do agronegócio são uma das causas. Como? Pelo simples do agronegócio apenas exportar para o exterior produtos agrícolas e não produzir nada de alimentos para o mercado interno brasileiro.
Se todo mundo produzisse alimentos no Brasil, a inflação estaria sob controle e não haveria uma explosão inflacionária de preços.
Dúzia de banana a 5 reais, 7 laranjas por 2 reais, arroz e feijão nas alturas, entre outros sempre subindo de preços e aumentando o valor da cesta básica.
Gerando uma forte inflação de demanda, onde os brasileiros/as querem consumir alimentos, mas não tem oferta.
Surgindo aí a inflação de demanda do dragão, por conta da lei da oferta e da procura não existir por culpa dos latifúndios e do agronegócio.
Outra causa. Grandes grupos econômicos monopolistas determinam seus preços diante da inércia do governo federal. O grupo Sadia, por exemplo, aumenta na hora que quer seu frango de granja, por ser monopolista. O mesmo que faz as grandes indústrias de laticínios, de ovos, de arroz, entre produtos da cesta básica.
A forte carga tributária, aumento dos insumos, descontrole cambial. São alguns dos fatores para o aumento dos custos produtivos e da própria inflação de custos. Macroeconomia conservadora é outra causa da inflação de custos.
Como não mais existe a indexação, deixou de existir a inflação inercial. E a inflação estrutural, bem ou mais, entra nas análises anteriores.
As metas inflacionárias no Brasil não são cumpridas porque o Brasil é dominado por cartéis, por monopólios, privados, por um governo fraco de tendência neoliberal, pela questão do descontrole geral e irrestrito dos preços etc.
Pior é quando há uma mistura de recessão, de hiperinflação e de depressão econômica, como se vê no governo de Dilma. Provocado pela rigidez ortodoxa de sua política macroeconômica ditada pelo FMI e pelo Banco Mundial.
Embora alguns economistas defendem taxas anuais de até 20%, o descontrole inflacionário é um veneno mortal para a economia. Especialmente para os trabalhadores e para a classe média, vítimas maiores da corrosão inflacionária diante da escalada e da carestia dos preços.
Enquanto os preços estão no Sol, os salários estão na Terra. Salários defasados e achatados sem aumento e corroídos pela inflação.
Enquanto existir inflação, mesmo com os planos de estabilidade econômica [Real, Cruzado], os pobres serão sempre mais e mais pobres. O imposto da inflação é Robin-Hoddianos às avessas: tira dos pobres e empresta aos ricos.
A inflação é o imposto da fome e da miséria.
E o salário, ó! (Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro).