Deputado Chiquinho Brazão, um dos acusados de ser mandante do crime, segue preso preventivamente, mas mantém mandato e equipe parlamentar.
Congresso em Foco
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a última etapa antes do julgamento do caso Marielle Franco. O ministro Alexandre de Moraes concedeu, nesta quinta-feira (10), um prazo de 30 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e os réus apresentem as alegações finais no processo.
A ação penal apura a responsabilidade pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro. Os réus são o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Processo entra na reta final; julgamento será marcado após entrega das manifestaçõesMarcelo Camargo/Agência Brasil
Mandato mantido

No dia 10 de abril do mesmo ano, o plenário da Câmara votou para manter a prisão do deputado. Em 28 de agosto, o Conselho de Ética da Casa recomendou a cassação do mandato, por 14 votos a 1. Para que a perda do cargo se efetive, é necessário que a decisão seja pautada e aprovada no Plenário da Câmara. Até o momento, isso não ocorreu.
Segundo a Polícia Federal, o crime teria sido motivado pelo posicionamento político de Marielle contra interesses fundiários ligados a milícias no Rio de Janeiro. O grupo seria liderado pelos irmãos Brazão. A acusação se baseia na delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, autor confesso dos disparos que mataram a vereadora. Segundo ele, Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa foram os mandantes do crime.
Os três réus no STF negam envolvimento nos assassinatos. Após o fim do prazo das alegações finais, Moraes elaborará seu voto e definirá a data do julgamento, que será realizado no plenário da Corte.
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