Vitor Guerras
Dona Deolira, a supercentária brasileira de 120 anos, luta para entrar no Guinness como a mulher mais velha do mundo.
Foto: Élcio Braga

Para celebrar a data, os três filhos, 20 netos, 40 bisnetos e 37 tataranetos prepararam uma comemoração especial. Mas o presente que a idosa mesmo deseja é entrar no ranking das pessoas mais longevas.
Como ainda não faz parte da lista, ela precisa de documento adicional e o desafio tem mobilizado a família na busca por registros antigos, informou o O Globo.
Luta pelo reconhecimento
A idosa já possui certidão de nascimento e identidade, que datam o nascimento em 1905, mas perdeu os documentos originais em uma enchente em 1977. Por isso, a dificuldade para validar a própria idade e entrar no Guinness Book, o livro dos recordes.
O médico Juair Abreu Pereira, que cuida da vovó há três anos, ajuda na busca. Ele tenta localizar o registro de batismo de Deolira em igrejas da região.
Caso consiga, isso vai abrir as portas para que a brasileira seja reconhecida mundialmente como uma das pessoas mais velhas da história. Antes mesmo do avião 14 Bis de Santos Dumont decolar, em 1906, ela já estava construindo a vida!
Segredos da longevidade
Apesar da idade avançada, Deolira tem uma saúde invejável. Aos 120 anos não faz uso de qualquer medicamento para hipertensão ou diabetes. Juair a acompanha duas vezes por semana.
Ela adora descansar, rezar e ouvir músicas antigas. Sua favorita é “Trem das Onze” de Adoniran Barbosa.
Deolira também participa de um estudo “DNA Longevo” da Universidade de São Paulo. A pesquisa investiga os fatores genéticos que possibilitam uma vida tão longa e saudável.
Deolira recebe a visita do médico duas vezes por semana. – Foto: Élcio Braga

Atualmente, as 30 pessoas mais velhas do mundo são do gênero eminino.
No Brasil, a freira gaúcha Inah Canabarro Lucas, de 116 anos, é reconhecida oficialmente como a mulher mais velha do país.

Caso Deolira consiga validar a idade, vai entrar para a história e superar em 2 anos o recorde mundial da francesa Jeanne Calment, que viveu 122 anos e 164 dias.
Apesar da identidade, os grupos de supercentenários precisam de mais documentos para validar. – Foto: Reprodução
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