> TABOCAS NOTICIAS : Mesmo preso há um ano, Chiquinho Brazão mantém salário, gabinete e 28 assessores

terça-feira, 25 de março de 2025

Mesmo preso há um ano, Chiquinho Brazão mantém salário, gabinete e 28 assessores

Chiquinho e Domingos Brazão já custaram R$ 2,2 milhões aos cofres públicos desde que foram presos
Foto: Reprodução / TV Câmara
Mesmo após um ano de prisão dos suspeitos de mandarem matar Marielle Franco e Anderson Gomes, o deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) segue com salário, gabinete em funcionamento e 28 assessores pagos com dinheiro público. Ele, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, continuam detidos em penitenciárias federais distintas, enquanto o julgamento do caso avança na fase final no Supremo Tribunal Federal (STF). 

De acordo com informações da Folha de S. Paulo , Chiquinho e Domingos Brazão já custaram R$ 2,2 milhões aos cofres públicos desde que foram presos. Os valores referem-se à manutenção do gabinete parlamentar, à orientação e aos benefícios dos irmãos. O Portal da Transparência da Câmara aponta que somente entre fevereiro e novembro de 2024 o gabinete de Chiquinho consumiu R$ 1,2 milhão. No mesmo período, o deputado recebeu R$ 522 mil em vencimentos brutos.

No caso de Domingos Brazão, os rendimentos no TCE-RJ somaram R$ 478 mil ao longo de 12 meses. Embora seus 19 assessores tenham sido remanejados para outros gabinetes, o conselheiro continua com vínculo ativo no tribunal. Qualquer medida disciplinar contra ele depende da fase de julgamento.

A cassação do mandato de Chiquinho Brazão ainda não tem dados para ser votada na Câmara dos Deputados. Questionada, a assessoria do presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), não informou se o processo já foi incluído na pauta. Para que a cassação ocorra, é necessário o voto favorável de pelo menos 257 parlamentares na votação aberta.

Segundo as investigações, Rivaldo Barbosa teria colaborado com os irmãos Brazão no planejamento dos homicídios e é apontado como um dos autores dos crimes. O advogado do ex-delegado, Marcelo Ferreira, afirmou que seu cliente teve todos os bens e atrasos bloqueados desde a prisão, mas que entrou com pedido em fevereiro para reverter a medida.

Além dos três principais acusados, o processo inclui outros nomes investigados por participação no plano ou por tentativa de obstrução das investigações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário