Cardiologista do Hospital Icaraí, Dra. Bruna Miliosse
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.
O diabetes mellitus é um fator de risco importante para o aparecimento de doenças cardiovasculares. Ou seja, se o indivíduo tem essa doença, a chance dele apresentar algum problema de coração, como a angina e o infarto do miocárdio, é maior do que as pessoas que não têm essa doença. Pacientes com diabetes tipo 2 têm a incidência de doença cardiovascular e de acidente vascular isquêmico aumentada em 2 a 4 vezes e a mortalidade aumentada em 1,5 vez a 3,6 vezes.
Segundo dados recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes, a prevalência de diabetes é maior em mulheres do que em homens atualmente.
Segundo a cardiologista do Hospital Icaraí, Dra. Bruna Miliosse, uma particularidade observada é que o homem com diabetes tem aumento do risco de ter doenças cardiovasculares após os 38 anos e, nas mulheres, esse risco aumenta após os 46 anos.
“Mas outros fatores também podem aumentar esse risco, então cada caso tem que ser avaliado de forma individual”, explica.
Dentre as doenças do coração em pessoas diabéticas, a médica lista a angina de peito, o infarto do miocárdio e a insuficiência cardíaca, dentre outros.
A especialista explica que os sintomas podem também ser diversos e variar de doença para a doença, mas, na presença de dor no peito, cansaço ou inchaço nas pernas, é recomendado que se procure um médico para uma avaliação clínica completa.
Bruna complementa que, através da adoção de um estilo de vida saudável com a prática de exercícios físicos regulares e de uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, legumes e grãos integrais, as pessoas com a doença podem evitar problemas cardiovasculares.
“O acompanhamento médico regular com o uso de medicações, caso sejam necessárias, também ajudará a cuidar do diabetes a fim de se evitar problemas de coração no futuro. Isso porque o diabetes acaba gerando, ao longo dos anos, alterações em grandes e pequenas artérias do nosso corpo, e isso aumenta a chance de apresentar o acidente vascular cerebral”, alerta.
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