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terça-feira, 26 de março de 2024

Relatório da PF aponta que Domingos Brazão exercia influência nas polícias Civil e Militar do RJ

Domingos Brazão foi apontando pela PF como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ)
Foto: Reprodução/Alerj
Os desdobramentos sobre o relatório final emitido pela Polícia Federal sobre a investigação que revelou os mandantes e os motivos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes revelou que a família Brazão exerce influência nas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro. De acordo com o documento, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) “é capaz de nomear comandantes de batalhão das áreas de seu interesse e também de movimentar peças desde a chefia de Polícia Civil à titularidade das delegacias distritais localizadas nos bairros comandados pelos Brazão”.

Segundo o relatório, os investigadores classificam como exemplo de ingerência do conselheiro do TCE a nomeação do delegado William Pena Júnior para o cargo de subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, após a prisão do ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, o Suel, realizada pela Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), na Operação Élpis, em junho do ano passado. Pena Júnior foi nomeado para o cargo somente em setembro de 2023. Ele negou que sua nomeação ao cargo tenha sido influenciada por Domingos Brazão.

A PF afirma que ainda que Pena Júnior e Domingos Brazão teriam uma relação de proximidade e que o delegado teria sido segurança de Brazão, anos antes de passar no concurso da Polícia Civil, quando ainda era policial penal. O delegado, contudo, afirmou que nunca trabalhou para o conselheiro do TCE. O relatório, entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), diz ainda que a festa de formatura da turma de William Pena na Polícia Civil, em 2010, teria acontecido em uma propriedade da família Brazão.

Pena Júnior já foi titular da Delegacia de Repressão a Organizações Criminosas da Polícia Civil (Draco) especializada responsável por investigar e combater as ações das milícias. Durante o período que chefiou a Draco, Medeiros Pena Júnior prendeu 240 milicianos, entre eles Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, e também localizou Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto após troca de tiros. O delegado também trabalhou na identificação de criminosos que tentaram sequestrar um helicóptero para resgatar presos, no Complexo do Gericinó.

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