A brasileira Maria Flor passa pelo mesmo tratamento, contra um câncer raro no cérebro, que curou um garotinho belga no mês passado.
- Foto: Arquivo pessoal
A notícia da cura de um menino belga encheu de esperança uma garotinha brasileira que está sendo submetida ao mesmo tratamento contra o câncer raro. Por Vitor Guerra / SNB
Maria Flor, de seis anos, é filha de Stanley Silva e Juliana Dantas. De Maricá, Rio de Janeiro, a família luta desde 2022 contra o agressivo glioma intrínseco difuso (DIPG).
O tratamento não é fácil, mas desde que Maria começou a usar a medicação ONC 201, a mesma usada pelo menino belga, os resultados foram animadores: “Minha filha voltou a fazer tudo. Está indo ao colégio, brinca, anda de bicicleta, está mais alegre”, disse Juliana Dantas em entrevista ao Só Notícia Boa.
Primeira cura no mundo
Lucas Jemeljanova, de 13 anos, mostrado em fevereiro aqui no Só Notícia Boa, é belga e foi diagnosticado com o mesmo câncer raro e agressivo de Maria Flor.
Ele foi a primeira pessoa do mundo a ser curada do DIPG, e a notícia deixou os pais da menina brasileira otimistas e muito animados.
Lucas participou do estudo clínico na França e o tumor foi desaparecendo gradativamente.
Progresso positivo
Maria também respondeu muito bem ao estudo de fase três realizado no Institute Baptist Health South Florida, nos Estados Unidos.
“O tratamento nos Estados Unidos atua para neutralizar, parar o crescimento do tumor. Já o caso do menino Lucas trabalha na diminuição do câncer. Graças a Deus o tumor do Lucas sumiu. É um milagre”, disse Juliana.
Para o médico Sérgio Cavaleiro, que acompanha a garotinha, Maria evoluiu muito bem.
“A situação atual é que o tumor está parado, estabilizado. Esse é o progresso”, contou o profissional da saúde.
A recuperação da menina deixou até mesmo os médicos americanos impressionados.
“A equipe médica ficou muito feliz e impressionada com o atual estado da Maria Flor, porque o estudo está dando certo, e ela está sem grandes sequelas”, disse a mãe.
Ajuda para Maria
Todo mês a família tem que ir aos Estados Unidos buscar a medicação e o processo é caro.
Na época, quando o caso apareceu, a família recebeu ajuda via vaquinha, mas as doações diminuíram. Para Maria continuar se recuperando, os pais pedem doações no site Rifa Solidária de Maria Flor.
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