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sábado, 2 de dezembro de 2023

Presidente da Febraban diz que ‘é preciso atacar a causa dos juros altos do rotativo’

Isaac Sidney afirma que falta sensatez na discussão sobre o rotativo do cartão
Foto: Cláudio Belli/Febraban
De acordo com uma reportagem da Folha de São Paulo, o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, declarou nesta sexta-feira (1º) que falta sensatez na discussão sobre o rotativo do cartão, e afirmou que o problema não está nessa modalidade de crédito oferecida pelos bancos, mas sim nos juros altos. “O problema está no motor do carro, não nos pneus. Não adianta trocar os pneus de um carro que está com o motor avariado. O problema não é o rotativo, são os juros do rotativo. Nós não temos nenhuma hipocrisia ao reconhecer que esses juros estão altos”, afirmou Sidney, durante almoço da Febraban com banqueiros.

A folha aponta que o presidente da Febraban destacou que é preciso atacar a causa, não os sintomas. “A questão não é se são altos [os juros], mas por que estão altos e como podemos fazer para que os juros do rotativo venham a diminuir.”

Sidney também declarou que as propostas que têm sido levantadas, como o limite dos juros do rotativo, são insuficientes para solucionar esse problema estruturalmente e acrescentou que outros países, como Chile e Colômbia, mostraram que intervir na formação de preços pode distorcer a oferta e demanda e, por isso, o tabelamento dos juros não seria uma boa solução.

Ainda de acordo com a Folha, segundo Isaac Sidney, é preciso atacar essa questão pelo lado da competitividade. Ele citou como exemplo as fintechs, que mesmo com toda a tecnologia para baratear os serviços bancários, não conseguem oferecer juros menores do que os bancos tradicionais. Após o evento, a jornalistas, Sidney voltou a dizer que o Banco Central é que deve endereçar esse problema.

“Hoje no Brasil nós temos 75% de recebíveis que não estão remunerados; 15% da carteira de crédito das famílias também não recebe qualquer remuneração de juros. E 50% das compras são parceladas. O resultado disso qual é? Nós temos uma inadimplência de 50%”, declarou. “Portanto, eu acho que nós temos uma questão prudencial de estabilidade financeira.”

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