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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

PF vai revisar dados dos governos Lula e Bolsonaro após identificar inconsistências

Dados sobre descapitalização do crime e apreensões de bens serão analisados por grupo criado por portaria
Fotos: Reprodução YouTube Lula/ Alan Santos/Presidência da República
A Polícia Federal criou um grupo de trabalho para revisar as estatísticas sobre indicadores de descapitalização e apreensões de bens de organizações criminosas.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, uma portaria publicada no sistema interno da corporação na quarta (20) indica os dados de 2023, já sob Lula (PT), e de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), como alvos de revisão.

O texto não descarta, no entanto, a análise de anos anteriores e afirma que o objetivo é “garantir a integridade e confiabilidade das estatísticas oficiais”.

A corporação tomou a decisão de revisar os dados após encontrar inconsistências em números para comparar a evolução das operações que miram o dinheiro das quadrilhas.

A Folha apurou que a revisão tem como finalidade criar um padrão para contabilidade de valores computados como proveniente de ações contra organizações criminosas, entre elas as ligadas à corrupção, tráfico de drogas e armas e crimes ambientais na Amazônia.

A descapitalização dos grupos criminosos, que tem sido defendida na PF há anos, foi priorizada nas últimas gestões e é uma das principais bandeiras de Andrei Rodrigues, atual diretor-geral.

No caso das organizações ligadas ao narcotráfico, como as facções PCC e Comando Vermelho, por exemplo, o foco no dinheiro vem do entendimento de que só a apreensão de drogas não é capaz de desarticular e fazer cessar o poderio dos grandes grupos criminosos.

O ponto central a ser observado pelo grupo de revisão é sobre a apreensão efetiva de bens e valores. É comum, por exemplo, a divulgação de valores apreendidos em uma operação com base no valor solicitado pela PF e Ministério Público e autorizado pela Justiça.

A apreensão efetiva, no entanto, precisa aguardar o valor real encontrado em contas bancárias alvos da decisões judiciais, por exemplo, ou bens realmente acessados.

Assim, embora os pedidos de bloqueios, na maioria das vezes, sejam na casa dos milhões, o valor efetivamente encontrado não supera algumas centenas de reais.

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