Maioria das vítimas, 74,21% delas, tinha idade entre 18 e 29 anos, aponta levantamento
Foto: Mateus Pereira/ GOVBA
Um estudo divulgado nesta quinta-feira (16) mostra que 1 pessoa negra foi morta por intervenção policial a cada 4 horas em 8 estados do país no ano passado. A Bahia lidera o ranking, com 1.121 óbitos. O estado assumiu a liderança do ranking de morte de negros por intervenção do Estado entre 2021 e 2022.
A maioria das vítimas — 74,21% delas— tinha idade entre 18 e 29 anos. Apenas a cidade de Salvador teve a morte de 438 pessoas nestas condições, sendo 394 negras.
Os dados, publicados pelo portal g1, são da pesquisa feita pela Rede de Observatórios, com base em informações divulgadas pelas secretarias de segurança pública, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Na Bahia, as mortes decorrentes da violência policial cresceram 300% entre 2015 e 2022.
Quem tinha a maior incidência deste tipo de crime contra negros e caiu para o segundo lugar desde então é o Rio de Janeiro, com 1.042 mortos. Juntos, os dois estados são responsáveis por 66,23% dos óbitos do estudo.
De 3.171 registros de morte analisados pelos pesquisadores que participaram do estudo “Pele Alvo: a bala não erra o negro” que tinham a cor declarada, os pretos eram 2.770 pessoas, ou 87,35%.
A subnotificação da informação racial dos mortos por intervenção policial chamou a atenção dos pesquisadores. Das 4.219 ocorrências vistas por eles, 1 em cada 4 não tinha a informação sobre cor.
Além da Bahia, os estados pesquisados foram Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo, onde a Rede de Observatórios tem escritórios.
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