De acordo com a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para disputa entre famílias rivais da comunidade e há indicativo da autoria do crime
Foto: Rostand Medeiros/ Tok de História
A cidade de Jeremoabo, no sertão baiano, foi palco de uma chacina neste domingo (12): três pessoas foram encontradas mortas dentro de um carro, uma quarta falecida ao lado do veículo e uma vítima baleada, dentro de casa próxima onde o carro estava estacionado. bahia.ba/bahia
O assassinato aconteceu no povoado quilombola de Casinhas, no município de Jeremoabo.
A Polícia Militar informou que os vizinhos fizeram a denúncia após ouvir o barulho de tiros.
As vítimas foram identificadas como Flávia Nunes de Jesus, de 32 anos, Dominga Maria de Jesus Silva, 68, Judite Angelina de Jesus Santos, 74, e Eguinaldo de Jesus Silva, de 43 anos. Apesar das pessoas serem da mesma família, não há informações sobre o grau de parentesco delas.
O homem baleado foi socorrido até uma unidade de saúde da região, mas seu estado de saúde não foi divulgado.
De acordo com a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para disputa entre famílias rivais da comunidade e há indicativo da autoria do crime.
No dia 17 de agosto, a líder da Comunidade Remanescente de Quilombo Pitanga de Palmares, em Simões Filho, foi assassinada. Segundo testemunhas, bandidos armados invadiram o terreiro, amarraram pessoas e executaram a tiros Maria Berndete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete.
Mãe Bernadete era mãe de Flavio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como ‘Binho do Quilombo’, que foi assassinado em 2017 dentro de seu carro, em frente à Escola Centro Comunitário Nova Esperança, em Pitanga dos Palmares. Ela estava à frente da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Eles se engajava, em lutas contra especulação imobiliária nas terras quilombolas.
As investigações sobre a morte de mãe Bernadete avança diante da repercussão que o caso ganhou , mas nada se sabe ainda sobre o que motivou a morte de “Binho do Quilombo”. A investigação corre em segredo de Justiça.
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