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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Exército omitiu do STF nomes de 10 pessoas que visitaram Cid na prisão

Procurado pelo Metrópoles, o Exército não informou se a ausência dos dez nomes foi proposital ou fruto de equívoco
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
As Forças Armadas omitiram do Supremo Tribunal Federal (STF) nomes de dez pessoas que visitaram o tenente-coronel Mauro Cid, durante o período em que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) esteve preso no Batalhão de Polícia do Exército em Brasília (BPEB).

Com acesso à lista, Paulo Cappelli informou no portal Metrópoles, que dentre as visitas não comunicadas pelo Exército ao STF está o major do Exército Fabiano da Silva Carvalho, apontado pela Polícia Federal (PF) como responsável por elaborar um “guia” para viabilizar um golpe de Estado no final de 2022.

Outro militar que visitou Cid é o major Ernesto Luiz Dalla Lana Bohrer Junior, que chegou a ser nomeado representante do Exército no Estado-Maior durante o governo Bolsonaro. No livro de visitas, Ernesto é identificado no registro como “amigo” do tenente-coronel.

Também foram omitidas as visitas o coronel Ricardo Antonio de Lima Silva, os tenentes-coronéis Eric Torreiro de Carvalho Lessa e Alberto Danúbio Manfra Junior, e o 1º sargento Fábio Pereira das Chagas. Todos quadros da ativa do Exército. Houve, ainda, a visita do coronel da reserva Julio César Cosmelli Cintra.

Tampouco consta no livro de visitas o nome da advogada Raíssa Frida Roriz Ribeiro, sócia do escritório que defendia Mauro Cid. Segundo a coluna, ela costumava acompanhar o advogado Bernardo Fenelon, que deixou a defesa do tenente-coronel em agosto. Também ficaram de fora da lista enviada ao STF as visitas dos escrivães da PF Daniel Barroso de Carvalho e Helder Aguiar Saboya.

Para chegar aos nomes, a equipe do Metrópoles comparou o livro de visitas com os 73 nomes enviados pelo Exército ao STF. Mesmo subestimado, o ministro Alexandre de Moraes já havia considerado a quantidade como “elevadíssima”. Procurado, o Exército não informou se a ausência dos dez nomes foi proposital ou fruto de equívoco.

De acordo com a publicação, o batalhão no qual Mauro Cid ficou preso é comandado pelo tenente-coronel Bruno Fett, que tem relação de amizade com o tenente-coronel.

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