Aliados de Lula no Palácio do Planalto avaliam que o advogado-geral da União, Jorge Messias estaria cotado para o posto
Foto: Ricardo Stuckert/ PR
Apesar da defesa contundente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a favor do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino que, segundo Lula, vem sendo alvo de “absurdos ataques artificialmente plantados” sobre um suposto encontro de Dino com a representante de uma facção criminosa do Amazonas e, consequentemente, ‘fritado’ pela oposição e até mesmo aliados para a vaga no Supremo Tribunal Federal, no entorno do líder petista um nome à frente do ministro já é visto para o posto.
Aliados de Lula no Palácio do Planalto avaliam que o advogado-geral da União, Jorge Messias, passou a frente Dino, conforme o Metrópoles. O fortalecimento de Messias, preferido do PT, já vinha desde antes do episódio da visita da “dama do tráfico” no Ministério da Justiça e Segurança Pública, que fez Dino ter de se pronunciar sobre o assunto.
Pessoas próximas a Lula, conforme afirmam que o presidente tem segurado a indicação de Messias ao STF para não desagradar, num momento inoportuno, a aliados no Congresso que pleiteiam o nome do baiano Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).
“Se Messias já tivesse sido indicado, a turma do Renan Calheiros [apoiador de Dantas] ia cobrar mais alto a fatura pela aprovação da Reforma Tributária e outras votações importantes no Congresso“, avalia um experiente aliado de Lula.
O Palácio do Planalto suspeita ainda de fogo amigo, com objetivo de atingir Flávio Dino, na revelação da visita da dama do tráfico ao Ministério da Justiça. Isso porque as agendas ocorreram no primeiro semestre, mas só foram reveladas agora, às vésperas da indicação que Lula fará ao STF.
Dino, por sua vez, tem dito que não atua para ocupar uma cadeira no Supremo. “Lula e eu nunca tivemos essa conversa”, repete, quando questionado sobre o assunto.
Mesmo perdendo o favoritismo, Dino ainda é visto como possível nome a ser indicado pelo presidente para a vaga de Rosa Weber.
Reservado, Lula evita dar pistas sobre quem irá escolher, mas garante que o martelo será batido ainda este ano.
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