"E eu fico realmente surpreso como o mercado brasileiro tolerou isso por tantos anos", frisou Damián Scokin
Foto: Reprodução/YouTube
O CEO da Despegar, empresa da marca Decolar no Brasil, Damián Scokin, avaliou as atividades da empresa de companhia aérea 123 Milhas como “esquema Ponzi” e afirmou que ficou “surpreso como o mercado brasileiro tolerou” o funcionamento do empreendimento no país. De acordo com Scokin, o Brasil é composto por autoridades comprometidas com a proteção dos direitos do consumidor, logo, não deveriam aceitar a inserção deste exemplo de mercado. As informações são do Brazil Journal.
“Eu fico tremendamente surpreso que autoridades brasileiras e alguns participantes da indústria toleraram isso por dois, três anos. Isso era um esquema Ponzi – aqui, no Uruguai, na China, em qualquer lugar do mundo”, analisou o empresário.
“E eu fico realmente surpreso como o mercado brasileiro tolerou isso por tantos anos. A Decolar foi severamente prejudicada. Um cara que vendia coisas que não ia entregar, podia gastar uma grana com marketing, por exemplo. Você vai em Guarulhos e o aeroporto está lotado de propagandas deles. Se você vende coisas que não vai entregar é muito fácil fazer isso”, completou Scokin.
Com a crise financeira registrada pela 123 Milhas, a empresa Decolar vive nos seus melhores dias. De acordo com Damián, as vendas do empreendimento aumentaram nas últimas semanas após o pedido de recuperação judicial da concorrente.
“As vendas nas últimas duas semanas foram muito mais altas que no começo do mês. E acho que foi por conta dessa crise da 123 Milhas”, contou.
“Nosso segundo tri foi o quinto trimestre consecutivo de rentabilidade. A companhia vem com um nível de rentabilidade sustentável e crescente nos últimos cinco trimestres. Em particular neste trimestre, no agregado, tivemos uma receita recorde”, acrescentou.
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