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terça-feira, 11 de julho de 2023

Relatora vê eventual delação de Mauro Cid como ‘a glória’ para a CPMI do 8 de janeiro

Na véspera do depoimento do ajudante de ordens de Bolsonaro, Eliziane Gama lembra que é prevista punição para quem mentir na CPMI
Foto: Allan Santos/Presidência
Relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) avalia que uma eventual delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, seria “a glória” para a CPMI. O militar será ouvido nesta terça-feira (11) na comissão.

“Uma delação premiada dele para a CPI seria a glória”, disse Eliziane à coluna Painel, na Folha de S. Paulo, lembrando ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o depoente a se manter calado na CPMI apenas sobre questões que possam incriminá-lo.

“A gente vai mais uma vez avocar essa decisão para tentar colher dele o máximo possível de informações, até porque ele é uma peça muito central nisso”, afirmou a relatora, destacando ainda que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pode ser penalizado por falso testemunho, caso minta no depoimento.

“Eu acho que não dá para a gente ficar o tempo inteiro achando que as pessoas vêm para cá e vão mentir, como a gente já viu tantos mentindo”, criticou. “Acho que vulgariza se a gente não tomar uma atitude mais enérgica, e, no caso dele, assim como no dos que virão, eu estarei defendendo um processo por falso testemunho”, garantiu a senadora.

Apesar de admitir a possibilidade remota, Eliziane Gama vê com “reticência” a convocação de familiares de Mauro Cid, caso ele não colabore. “Acho que se a gente não conseguir extrair dele elementos que a gente acha que são fundamentais e básicos, a gente deverá procurar naturalmente outras alternativas. Mas não é algo que está no nosso radar”, afirmou a parlamentar.

Outros governistas, por outro lado, já defendem a convocação da família de Cid, incluindo a esposa, que também teve o nome envolvido no escândalo da falsificação de cartões de vacinação e aparece tramando golpe em conversas de WhatsApp interceptadas pela Polícia Federal.

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