Oficial de Justiça foi ao gabinete do deputado por 4 vezes, telefonou outras 6 e chegou a enviar vários e-mails e mensagens
Foto: Reprodução/Redes Sociais (Twitter_@BolsonaroSP)
Na tentativa de escapar da Justiça, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem lançado mão de estratégias inusitadas, incluindo o uso da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro.
De acordo com Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo, após ser processado por Daniela Mercury, o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está empenhado em se esquivar de uma eventual punição.
Segundo a publicação, há duas semanas um oficial de Justiça chegou a ser impedido de entrar na CPI dos atos golpistas para notificar o deputado a respeito da queixa-crime movida pela artista baiana, por difamação.
Ainda conforme a coluna, o oficial de Justiça se dirigiu à comissão após ir ao gabinete de Eduardo e ser informado de que ele participava do colegiado da CPMI e viajaria em seguida para São Paulo. Na ocasião, o servidor entrou em contato com um policial legislativo que conversou pessoalmente com o deputado, agendando a assinatura para a manhã do dia 27 de junho.
Apesar do acordo, na data e local marcado, o filho de Bolsonaro voltou a escapar, alegando estar novamente na CPMI e sem previsão de retorno.
Conforme a publicação, o oficial de Justiça foi ao gabinete do deputado quatro vezes, além de ter feito seis ligações telefônicas e vários contatos por WhatsApp e e-mail. Todas as tentativas, entretanto, foram infrutíferas.
Diante da dificuldade em colher a assinatura do parlamentar, a defesa de Daniela Mercury pediu que Eduardo Bolsonaro seja notificado por edital, como prevê a legislação quando o acusado cria obstáculos ao cumprimento da diligência.
“Resta claro que o querelado vem se ocultando da Justiça, demonstrando todo o seu descaso com o Poder Judiciário e suas determinações”, diz trecho da petição dos advogados da cantora.
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