A mulher curada do HIV, que não teve o nome divulgado, é da Argentina
- Foto/ilustração: leninscape / Pixabay
Cientistas revelam que uma mulher foi curada do HIV, apesar de não ter feito nenhuma intervenção médica, ou seja, sem qualquer tratamento. O corpo dela teria eliminado o vírus.
Por isso, a mulher está sendo chamada pelos cientistas de “paciente Esperanza”, em homenagem à cidade argentina onde vive. A paciente é mãe, tem 30 anos, foi diagnosticada pela primeira vez com VIH em 2013 e deu à luz um bebê HIV-negativo em março de 2020. Por Rinaldo de Oliveira / SNB
O estudo com o caso dela foi publicado nesta segunda, 15, no Annals of Internal Medicine e animou os cientistas. A mulher estaria “saudável” após 8 anos do primeiro diagnóstico sem a necessidade de tratamento anti-retroviral.
Os co-autores do estudo disseram acreditar que as descobertas vão trazer esperança para as 38 milhões de pessoas que convivem com o vírus no mundo inteiro.
Milagre do sistema imunológico
“O estudo estabelece o padrão para demonstrar que o paciente Esperanza não tem DNA proviral competente para replicação em suas células”, disse Carl Dieffenbach, diretor da Divisão de AIDS do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas.
“Este é realmente o milagre do sistema imunológico humano que fez isso”, disse o Dr. Xu Yu, imunologista viral do Ragon Institute em Boston, que em parceria com a Dra. Natalia Laufer, médica cientista do Instituto INBIRS em Buenos Aries , Argentina, liderou a busca exaustiva por qualquer sinal de HIV no corpo da mulher.
“Quanto mais desses pacientes descobrirmos e trabalharmos, mais completa será nossa compreensão da aparência de um paciente curado.”
Palavra da curada
“Gosto de ser saudável”, disse a paciente Esperanza, que pediu à NBC News para permanecer anônima.
“Tenho uma família saudável. Não preciso tomar remédios e vivo como se nada tivesse acontecido. Isso já é um privilégio”, afirmou.
Outros curados do HIV
Até o momento, os pesquisadores curaram com sucesso duas outras pessoas terapeuticamente – em ambos os casos por meio de transplantes de células-tronco complexos e perigosos. Com informações da NBC News, ACPJournals e SunnySkyz
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