Parada tradicional é realizada há 71 anos, com presença das forças armadas, policiais e bombeiros militares e fanfarras de escolas.
Foto: João Souza/ G1
O tradicional desfile em comemoração ao feriado da Independência do Brasil, celebrado nesta segunda-feira (7), não será realizando neste ano por causa da pandemia da Covid-19. É a primeira vez, desde 1949, que a parada cívica que reúne integrantes das forças armadas, policiais e bombeiros militares, além de fanfarras de escolas da Bahia, não será feita.
O desfile foi cancelado pelo Ministério da Defesa, que emitiu determinação para que todas as celebrações fossem canceladas, para evitar aglomerações. Em Salvador, o desfile é tradicionalmente feito na Avenida Sete de Setembro, na região do Campo Grande, onde há a cerimônia de hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e da capital, pelas autoridades.
A parada costuma reunir milhares de pessoas, que se juntam em família para assistir ao desfile das fanfarras. Uma dessas bandas é a do Colégio Estadual Raphael Serravalle, que fica no bairro da Pituba. O maestro regente Osvaldo Lopes falou da sensação de não haver comemoração neste ano.
“É uma tristeza imensa. Muito triste. Todas as bandas de fanfarra, de Salvador e da Bahia estão sofrendo. Todas as crianças, todas as pessoas que fazem parte da corporação das bandas de fanfarra”, disse.
Aluno do Serravalle e trompetista da fanfarra, David Mendes também sobre a falta da parada anual, que reúne cerca de 60 estudantes-músicos do colégio.
“É uma tristeza muito grande. Querendo ou não, foram seis meses parados, sem poder tocar, sem ter contato com o instrumento, então acaba sendo uma sensação um pouco de alívio por não estar representando a banda, mas também de tristeza porque a gente não vai poder ver o espetáculo que todas as bandas fazem na avenida”, disse.
O Corpo de Bombeiros Militar prestou homenagens ao feriado da Independência nas redes sociais. Na publicação, os bombeiros postaram ainda um vídeo com imagens de desfiles antigos.
“Não poderemos estar juntos esse ano, mas nosso compromisso permanece inabalável, quando for mais preciso estaremos lá!”, escreveu a corporação na publicação.
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