Foto: Reprodução / Congresso em Foco
O Ministério Público do Rio de Janeiro declarou que há indícios de que a Igreja Universal do Reino de Deus foi usada para lavar dinheiro da corrupção na gestão de Marcelo Crivella (Republicanos), à frente da prefeitura da capital fluminense. Segundo o Jornal Nacional, a investigação citou movimentações atípicas de quase R$ 6 bilhões em um ano, nas contas da Universal. O MP também apontou que um homem, Rafael Almeida, tem “clara” ascendência sobre o prefeito do Rio. Rafael Alves é chamado por interlocutores de "homem-bomba".
O MP encontrou conversas de Rafael Alves com o marqueteiro Marcello Faulhaber, que assessorava Crivella. Na conversa, em 2018, Rafael Alves demostrava certa frustração com os espaços ocupados no governo. Nas mensagens, ele diz que seria capaz de revelar às autoridades todos os esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro que ocorrem no governo e a participação direta Crivella, a família dele e a Igreja Universal do Reino de Deus.
“Nego destrói um político. Eu mexo com uma igreja. Só não quero que mexa com meu irmão, ou seja, meu espaço. Fazendo isso. Destruo ele. Igreja. Etc”. E continua: “Se ele mexer na Riotur, eu destruo ele. Igreja. Família”. O irmão de quem ele fala é Marcelo Alves, que dirigiu a Riotur até março deste ano.
Ainda sobre a Igreja Universal, um relatório de inteligência financeira do Coaf identificou em CNPJs ligados à igreja mais de R$ 5,9 bilhões em movimentações atípicas, de 5 de maio de 2018 a 30 de abril de 2019. O documento reúne movimentações de entrada e saída de dinheiro vivo e transferências bancárias.
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