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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Dificuldades no acesso à rede de proteção acabam por favorecer violência contra a mulher

por Mari Leal / Ailma Teixeira**Foto: Priscila Melo/ Bahia Notícias
Na contramão dos dados que revelam uma queda no número de homicídios dolosos – quando há intenção de matar – nos últimos três anos na Bahia, o número de feminicídios – mulheres que tiveram mortes provocadas por seus companheiros afetivos em ambientes de violência doméstica – demonstra crescimento. Segundo dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), entre 2017 e 2019, 251 mulheres tiveram as vidas ceifadas por consequência da violência baseada na condição de gênero, em que a vítima morre por ser mulher e está submersa em um contexto com aspectos econômicos, sociais e culturais específicos. 

É importante observar que, no período aqui destacado, a alta é puxada pelos casos no interior do estado: 48 em 2017; 66 em 2018 e 83 em 2019. As informações foram especificadas pela SSP-BA em 31 de agosto de 2020 após solicitação do Bahia Notícias. A pasta não disponibilizou dados específicos relativos aos casos de feminicídio ocorridos no primeiro semestre de 2020. 

Como pontuou a especialista no tema, a advogada e pesquisadora de Feminicídio do PPG-Neim/UFBA, Angela Farias, “esse crime acontece numa escalada de violência” (reveja aqui). É neste aspecto que se verifica a necessidade do que se convencionou chamar rede de proteção e atenção à mulher em ambiente de violência doméstica. Na Bahia, a rede de amparo tem como acesso inicial a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).Mais em https://www.bahianoticias.com.br

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