por Matheus Caldas
Foto: Reprodução / Instagram / @cristianebrasiloficial
A ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB), filha do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, se apresentou na tarde desta sexta-feira (11) na sede da Secretaria de Polícia Civil, no Centro do Rio de Janeiro. Ela teve a prisão decretada pela manhã, na segunda fase da Operação Catarata, que investiga supostos desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na Prefeitura do Rio (leia mais aqui).
Ela nega que tenha recebido propina e indicou que deve dinheiro “a várias pessoas e a bancos”. “Eu devo o banco, aliás, eu devo os empréstimos que tive que pagar para dois motoristas que não mereciam. Eu devo cartão de crédito. Agora estou devendo a faculdade da minha filha porque investi meu parco dinheiro na pré-campanha para poder concorrer a prefeita. Eu devo a várias pessoas porque acredito na causa política. Eu não tenho nem carro, na verdade. Ando de Uber, ando de metrô... Não sei cadê esse enriquecimento ilícito. eu queria saber como me beneficiei de um esquema de propina que não tenho nenhum contato ou relação. Cadê os milhões?”, questionou, em vídeo publicado no seu Instagram oficial.
Para Cristiane, a prisão é motivada por interesses políticos. “Estou indo me apresentar agora. É um absurdo que uma denúncia antiga de 2012/2013 esteja sendo cumprida agora. Um mandado de prisão preventiva contra mim, faltando dias para a eleição... Contra mim e contra os dois principais candidatos, isso num momento em que minha candidatura se fortalece, e nós sabemos que tem interesses políticos por trás desses atos todos que acontecem”, declarou.
Ela diz estar de “consciência tranquila de que a justiça será feita e os fatos serão esclarecidos” ao favor dela. “Então, podem contar que, em breve, estarei novamente em liberdade e pronta para competir e ser prefeita do Rio de Janeiro”, garantiu.
Ela acusou o governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), de ser um dos responsáveis pela sua prisão, e questionou o pedido de prisão temporária do presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo – na última sexta-feira (5), no entanto, a prisão foi convertida em preventiva, assim como a de Cristiane. “O meu caso, que é de 2013, que estão tentando e enfiar no imbróglio que é da Fundação Leão XIII, que é do estado, eles já me prenderam em preventiva. Para vocês verem como a caneta pesou na hora de me dar essa prisão”, reclamou.
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