Foto: Robson Valverde/SES-SC
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antônio Guterres, comentou a resistência de algumas pessoas para a vacinação contra o novo coronavírus. Ele contou que essa é uma das preocupações do programa ACT Accelerator, que cobre imunizantes, ferramentas de diagnósticos e terapias para pacientes com a Covid-19. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva da Organização Mundial da Saúde (OMS) desta quinta-feira (10).
Guterres afirmou que é preciso que todas as nações se unam para desenvolver os tratamentos no combate ao vírus. Para ele, nenhum país, não importa o quanto seja rico, estará livre do vírus até que seja derrotado em todos. O representante classificou as vacinas como "bens de saúde pública" que "devem ser acessíveis a todos". E afirmou que a difusão de "informações pertinentes" sobre a vacina é uma das "soluções mundiais" para que o mundo não fracasse no combate a pandemia.
Segundo o Estadão, neste mês o presidente Jair Bolsonaro afirmou mais de uma vez que ningúem no Brasil será obrigado a se vacinar contra a Covid-19. Apesar disso, uma legislação sancionada por ele prevê a possibilidade de vacinação compulsória. A declaração do presidente causou críticas de especialistas, que temem risco de baixa adesão da população à vacina, o que é considerado essencial para frear a pandemia.
O representante também afirmou que o programa ACT Accelerator busca a "distribuição equitativa dos insumos", necessária para o combate total do vírus, e fez um apelo para que mais patrocinadores apostem na iniciativa. Guterres contou que são necessários cerca de U$S 15 milhões, o equivalente a R$ 80 milhões, para a continuidade do projeto nos próximos três meses.
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