Pesquisa também aponta prejuízos para empresários, produtores, músicos, trabalhadores autônomos e outros profissionais ligados ao setor de eventos.
Foto: Reprodução / TV Bahia
Três meses após o cancelamento do São João, por causa da pandemia do novo coronavírus, uma pesquisa divulgada pelo Observatório de Economia Criativa da Bahia apontou que quase 78% dos organizadores de eventos que foram entrevistados tiveram perda financeira de até R$ 100 mil.
O estudo também aponta prejuízos para empresários, produtores, músicos, trabalhadores autônomos e muitos outros profissionais.
“Recursos do São João possibilitam uma difusão muito grande na economia e isso impacta outros setores”, comentou a pesquisadora do Observatório da Economia Criativa, Lúcia Aquino.
Na Bahia, os festejos acontecem em cerca de 300 cidades. Uma pesquisa divulgada em junho, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), já afirmava que o cancelamento do São João deixou de movimentar mais de R$ 500 milhões em todo o estado.
Três meses após o cancelamento dos festejos, muitos empresários ainda não se recuperaram dos prejuízos.
Um dos empresários responsáveis por uma tradicional festa privada, que acontece todo ano, na cidade de Senhor do Bonfim, no norte do estado, calcula prejuízos. O município é um dos destinos mais procurados por turistas no mês de junho.
“A gente tinha uma média de R$ 400 a 500 mil de prejuízo financeiro. Nós temos custos fixos, nós temos uma sede, pessoas que trabalham, nós temos pessoal de assessoria jurídica, contábil. Fizemos algumas contratações, fizemos adiantamento de parcelas de cachê”, contou o empresário Paulo Carvalho.
O Observatório de Economia Criativa da Bahia afirma que além de prejuízos financeiros, o cancelamento da festa trouxe impactos sociais e culturais para a região.
“Apesar de toda a pandemia, apesar da necessidade de efetivamente ter um cuidado maior com suas vidas e de seus familiares, muitas dessas pessoas se deslocaram ao interior. O São João faz parte da nossa identidade enquanto povo baiano e nordestino”, explicou a pesquisadora Lúcia Aquino.
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