As polícias Civil e Técnica da Bahia iniciou na manhã deste domingo (12) a simulação da operação que culminou na morte do miliciano Adriano da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime, ocorrida no dia 9 de fevereiro deste ano, na cidade de Esplanada (relembre). BN
A ação até hoje gera controvérsias. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) alega que a morte de Adriano foi resultado de confronto entre ele e as forças policiais envolvidas operação. No momento do cumprimento do mandado de prisão, o miliciano teria reagido com disparos de arma de fogo e acabou ferido. Já o senador Flávio Bolsonaro, que homenageou o ex-PM quando era deputado estadual pelo Rio e empregou a mãe e a mulher dele no seu gabinete, acusou a polícia baiana de execução
Segundo a SSP-BA, as equipes envolvidas na ação vão refazer todo o percurso da operação, no sítio onde o miliciano estava escondido quando foi surpreendido pela polícia, em Esplanada. A propriedade é do vereador Gilsinho de Dedé, filiado ao PSL, partido que já foi do presidente Jair Bolsonaro. À época, Gilsinho disse não saber explicar como o ex-PM foi parar no local
A simulação é coordenada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). Os peritos criminais e técnicos analisarão as informações dos depoimentos e repetirão os movimentos, nos locais onde eles ocorreram. Cerca de 50 policiais participarão dessa reprodução simulada, solicitada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).
Adriano era considerado peça-chave no caso das rachadinhas envolvendo Flávio e seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Fabrício Queiroz. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) encontrou provas de que pessoas ligadas ao senador mantinham contato com o miliciano, no período em que este era procurado pela Justiça (veja aqui). A suspeita é de que ele também integrava o esquema de desvio de parte dos salários de servidores do gabinete do então deputado estadual.
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