Odiney Pedroso e Renato Dias - Fotos: reprodução / Instagram
A iniciativa de Renato Dias, que gravou um vídeo e postou nas redes sociais, salvou a camisaria e autoestima do seu Odiney Pedroso, de 90 anos. (assista abaixo) O idoso não conseguiu empréstimo de R$ 1.800 para tocar o negócio de 75 anos, que entrou em crise após o isolamento social da Covid-19.
Seu Pedroso vendeu apenas 6 camisas desde o início da pandemia e não tinha mais como pagar as despesas pra manter o ateliê, que fica na Lapa, na Zona Oeste de São Paulo.
Formado em Marketing, Renato tem 30 anos e administra o posto de gasolina da família, que fica perto da camisaria do seu Pedroso. Ele disse ao SóNotíciaBoa que ficou sabendo do problema enquanto o idoso abastecia o carro.
“Ele veio abastecer o carro sozinho no sábado e eu perguntei se ele estava se cuidando, por causa da pandemia. Ele disse que sim, mas contou que as coisas estavam meio difíceis na camisaria, que o movimento estava fraco”.
Renato se sensibilizou ao ver um senhor trabalhando naquela idade e enfrentando problemas financeiros.
“Ele estava sem dinheiro para comprar tecidos, pagar, água, luz e o aluguel”, contou Renato.
A virada
Como seu Odiney Pedroso é amigo há 70 anos do seu Armando Dias, avô do Renato, ele decidiu ajudar. Além de comprar duas camisas, ele gravou um vídeo mostrando o ateliê, os produtos que ele faz e conversou com o idoso, que se emocionou na hora.
Renato postou o vídeo nas redes sociais e chamou os seguidores do posto de gasolina para comprarem na loja, que faz camisas personalizadas.
O vídeo viralizou e o telefone não para de tocar.
“Ele recebeu uns 3 mil pedidos, até de Miami. Mas como só faz camisas sob medida, pegou apenas 50 encomendas. Só um amigo meu pediu 6 camisas pra ele”, contou Renato.
Ele explicou que seu Pedroso trabalha sozinho no ateliê e consegue fazer apenas uma camisa por dia, porque são artesanais e levam as iniciais da pessoa bordada do lado esquerdo.
Não quer doações
Apesar de várias pessoas terem mandado dinheiro, “suficiente para pagar as contas e comprar tecidos, ele não quer doação. Ele me disse: “Eu não quero dinheiro eu quero cliente bom!”, lembrou Renato. Mais em https://www.sonoticiaboa.com.br
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