Foto: Andressa Anholete/Getty Images
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Das 2.000 pessoas consultadas com diagnóstico positivo para Covid-19 na análise, mais de 62,9% tiveram alteração de olfato e paladar, 62,2% tiveram dor de cabeça, 56,2% relataram febre, 53,1% tiveram tosse e 52,3% informaram dores no corpo. “Isso é bom para as autoridades locais desenvolverem protocolos para identificar os sintomas, mas não quer dizer que cada uma delas necessitará de atendimento hospitalar”, ponderou Hallal.
Na distribuição por idade, a investigação mostrou que crianças pegam o vírus na mesma proporção do que pessoas mais velhas, embora os mais novos tenham menos risco de evolução para quadro grave. Em relação à transmissão dentro das famílias, o estudo trouxe resultados diferentes de outras pesquisas acadêmicas.
Foram encontrados 39% de positivos, enquanto na literatura acadêmica sobre o tema a média é de 20%. Os autores verificaram também o distanciamento social. As pessoas que saíram diariamente aumentaram de 20,2% para 26,2% entre a primeira e terceira fases da análise. Da mesma forma, o contingente que relatou ficar sempre em casa diminuiu de 23,1% para 18,9% entre a primeira e a última fase.
O estudo encontrou uma média de 3,8% de infecção nas últimas três etapas na qual foram avaliadas 90.000 pessoas. Na primeira fase, no meio de maio, o índice era de 1,9%. O percentual aumentou para 3,1% na segunda fase. A diferença entre pessoas que tiveram anticorpos detectados e os casos notificados foi de 6 vezes na última etapa. Na análise por nível socioeconômico, há diferenças. Os 20% mais pobres da população têm o dobro da infecção dos que os 20% mais ricos da população.
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