por Breno Cunha / BN
Foto: Secom / GovBA
O governador Rui Costa (PT) voltou a dizer que na Bahia os médicos decidirão sobre o uso da cloroquina em pacientes com coronavírus e afirmou ter “indignação” com a forma com que o tema é tratado no Brasil.
O governador foi questionado, em entrevista a rádios baianos na manhã desta sexta-feira (22), se o estado seguiria o novo protocolo do Ministério da Saúde para uso do remédio no tratamento da Covid-19.
“Eu não gostaria em hipótese nenhuma que políticos ficassem passando receita médica para minhas filhas e meu filho. Não gostaria que políticos dissessem como médicos têm que atender meu pai e minha mãe. Eu acredito na medicina”, disse Rui.
De acordo com o governador, o presidente Jair Bolsonaro não deveria falar de remédio em meio à crise do coronavírus.
“Qual é a formação do presidente? Qual é o conhecimento que ele tem para passar receita de remédio? A obrigação do gestor público é disponibilizar todos os medicamentos, os equipamentos, para que os médicos possam fazer opção de forma científica de qual equipamento usar naquele momento”, falou Rui.
“Eu sinto vergonha. O Brasil está sendo ridicularizado no exterior porque o presidente virou receituário médico. Ninguém acredita que [no Brasil] se trouxe a ideologia político para a discussão sobre remédios. Quem tem que definir que remédio utilizar são os médicos”, acrescentou.
“Nós não vamos permitir que a medicina seja constrangida pela política. A medicina tem que ter a liberdade e a autonomia para escolher cada caso para cada paciente. Evidentemente dialogando com a família”, completou o governador.
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