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sexta-feira, 1 de maio de 2020

Medicamento experimental acelera recuperação de doentes com covid: Nature

Por: Só Notícia Boa
Foto: reprodução Nature
A revista especializada Nature publicou um artigo mostrando um medicamento experimental, que é “uma das maiores esperanças do mundo contra o COVID-19” e “pode reduzir o tempo de recuperação da infecção por coronavírus”.

As informações vieram após o “maior e mais rigoroso ensaio clínico do composto”, feito com mais de mil pessoas, diz a revista.

O medicamento experimental, chamado remdesivir, interfere na replicação de alguns vírus, incluindo o vírus SARS-CoV-2, responsável pela pandemia que infectou 3,2 milhões de pessoas e matou 227 mil no mundo, sendo 5.513 no Brasil, até esta quinta, 30.

O estudo comprovou que pessoas que tomaram remdesivir se recuperavam em 11 dias, em média, em comparação com aquelas que utilizam placebo e tinham recuperação em 15 dias.

“O que provou é que um medicamento pode bloquear esse vírus”, disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, NIAID, e que faz parte do Departamento de Saúde norte-americano.

Em um teste conduzido pelo fabricante do medicamento, Gilead Sciences de Foster City, da Califórnia, mais da metade dos 400 participantes com COVID-19, que estavam em estado grave, se recuperaram de sua doença duas semanas após o tratamento.

Mortes
As mortes também foram menores entre os participantes do estudo que receberam o medicamento, disse Fauci, mas essa tendência não foi estatisticamente significativa.

O tempo de recuperação reduzido, no entanto, foi significativo e foi um benefício suficiente para que os pesquisadores decidissem interromper o estudo mais cedo por razões éticas, disse ele, para garantir que os participantes que estavam recebendo placebo agora pudessem tomar o medicamento.

Fauci acrescentou que o remdesivir pode se tornar um tratamento padrão para o COVID-19 nos EUA.

“Há muito foco no remdesivir, porque é potencialmente a melhor chance que temos”, disse o virologista Stephen Griffin, da Universidade de Leeds, no Reino Unido.  Com informações da Nature

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