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sexta-feira, 1 de maio de 2020

Letícia Sabatella acusa TV Brasil de censura: 'Esse revanchismo demonstra medo ou covardia'

Letícia SabatellaMais
SÃO PAULO - A notícia de que a exibição de um programa em sua homenagem foi cancelada pela TV Brasil pegou Letícia Sabatella de surpresa. A atriz conta ter descoberto o episódio por meio da nota publicada pelo colunista Ancelmo Gois, do GLOBO, na terça-feira (28).

A edição do programa “Recordar é viver” que trataria da sua carreira estava agendada para o último sábado, às 20h30, no canal público de televisão, mas, um dia antes, segundo a apuração do colunista, houve uma ordem para que fosse trocada da grade. Assim, acabou indo ao ar uma edição sobre o humorista Agildo Ribeiro (1932-2018).

Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), responsável pela TV Brasil, disse que não vai comentar o caso.

— Nem sabia desta homenagem, para falar a verdade — contou Sabatella ao GLOBO na tarde desta quarta-feira.

Ela conta não ter gravado material específico para a atração.

O cancelamento pode ser entendido como censura, segundo avalia.

— Posso crer fortemente que sim [é censura] — afirmou. — A vida de artistas e ativistas tem se tornado cada dia mais difícil e exigido bastante resistência de nossa parte.

Sabatella tem posicionamento político abertamente contrário ao governo Bolsonaro. Em 17 de abril, por exemplo, publicou no Instagram uma selfie com um filtro que aplica no rosto uma máscara em que se lê “Fora Bolsonaro”. Em 25 de março, postou imagem com a frase “Não há álcool gel que limpe as mãos de quem digitou 17”, em referência ao número de Bolsonaro na eleição. Questionada sobre a relação entre suas manifestações e o cancelamento do programa, ela afirma ver “revanchismo”.

— Parece inadmissível para mim reduzirmos toda uma trajetória cidadã, artística e humanista a um posicionamento que é variável de acordo com ciclos de eleitorais. Acho estranha essa estigmatização diante de situações que pedem por nosso olhar mais humano, em prol do coletivo. Esse revanchismo demonstra muito medo ou covardia e, por fim, a fragilidade de quem o exerce. Leia mais em https://br.noticias.yahoo.com

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